Agronegócio

Exportações brasileiras sobem 20,1% com maior demanda de chineses

Exportações brasileiras sobem 20,1% com maior demanda de chineses
No último mês, o setor verificou o melhor resultado mensal em vendas ao exterior no ano - Crédito: Paulo Whitaker/Reuters

São Paulo – As exportações de carne bovina do Brasil, maior exportador global, cresceram 20,1% de janeiro a julho, ante o mesmo período do ano passado, para 982 mil toneladas, com as vendas sendo impulsionadas por uma maior demanda da China, informou ontem a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), com base em números do governo.

No mesmo período, as receitas com as exportações somaram US$ 3,73 bilhões, crescimento de 11,6%. Segundo a Abiec, os volumes de vendas à China avançaram 10,9%, chegando a quase 175 mil toneladas nos primeiros sete meses de 2019.

“Os resultados são positivos e vão de encontro com as projeções de crescimento nas exportações brasileiras, feitas no início do ano”, disse o presidente da Abiec, Antônio Jorge Camardelli, em nota.

Peste africana – A China, atingida pela peste suína africana, está lidando com uma menor oferta de carne de porco, o que tem impulsionado a importação de mais cortes de várias proteínas.

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A Abiec destacou que julho registrou o melhor desempenho mensal das exportações de carne bovina no ano.

Os embarques do mês passado fecharam em 155,65 mil toneladas, alta de 15,9% em relação ao resultado do mês de junho. Em receita, o aumento foi de 19,1%, somando US$ 615,15 milhões. (Reuters)

Ministra muda planos e deve ir à China em setembro

São Paulo – A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, adiou para setembro uma viagem à China marcada inicialmente para agosto, informou ontem um porta-voz da pasta, em um momento em que associações afirmam que aprovações pendentes para a exportação de carne à China estão demorando mais que o esperado.

O porta-voz disse que Tereza Cristina agora pretende viajar em setembro, sem fornecer razões para o adiamento.

No momento, a China está analisando conceder permissões de exportação a 30 unidades frigoríficas brasileiras, entre as quais estão 19 processadoras de carne bovina, nove processadoras de frango, uma produtora de carne suína e uma planta de asininos, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).

“Há uma grande expectativa, já que a demanda existe e as vendas para a China são relevantes para os resultados de qualquer frigorífico”, disse à Reuters a diretora-executiva da Abiec, Liège Nogueira, em um evento do setor realizado ontem.

Ricardo Santin, diretor da ABPA, afirmou à Reuters que a indústria esperava que um anúncio a respeito da aprovação das exportações fosse feito durante a viagem da ministra à China.

No entanto, autoridades chinesas ainda não concluíram o que se acredita ser a parte final da inspeção das unidades brasileiras de carne necessária antes das permissões, de acordo com Liège Nogueira.

Auditoria online – Os frigoríficos brasileiros acreditavam que as auditorias online das plantas – que não necessitam da presença dos fiscais às instalações e são organizadas de maneira remota – ocorreriam em julho, disse ela.

Até meados de julho, porém, as produtoras de carne bovina ainda não haviam sido auditadas, enquanto três processadoras de aves e uma produtora de suínos já passaram pelo processo, segundo Santin.

“Estamos apenas esperando uma resposta da China”, afirmou ele.

A Abiec espera que as inspeções online pelo país asiático ocorram em breve, mas não tem uma projeção específica para a retomada das auditorias ou para uma decisão final a respeito das aprovações das plantas. (Reuters)

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