Economia

Copam concede licença de instalação para joint venture da LD Celulose

O projeto da planta celulose solúvel da LD Celulose, joint venture formada pela brasileira Duratex e pela austríaca Lenzig, obteve licença de instalação (LI) na Câmara Técnica Especializada de Atividades Industriais do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam), ontem. Com isso, as obras da fábrica de matéria prima para produção de tecidos, no Triângulo Mineiro, já estão autorizadas.

O complexo industrial será instalado nos municípios de Araguari e Indianópolis e vai gerar aproximadamente 6 mil empregos diretos e indiretos até 2022, gerados a partir da instalação da maior fábrica de celulose solúvel do mundo.

O empreendimento contará com investimentos de mais de R$ 4,5 bilhões e será instalado na área florestal da Duratex. A expectativa é de que as obras estejam terminadas até 2022, quando a empresa espera iniciar a operação, gerando nesta fase mais de mil empregos diretos.

A fábrica instalada no Triangulo Mineiro produzirá 450 mil toneladas/ano de celulose solúvel, a ser adquirida pela Lenzig e exportada para o mercado asiático.

Além disso, a planta produzirá, em média, 77 megawatts (MW) de energia elétrica renovável, a partir da biomassa de madeira resultante do processo. No lugar de se tornar resíduo, o produto retornará como energia para o sistema elétrico.

O empreendimento obteve a licença prévia (LP), que avalia a viabilidade ambiental, em junho de 2019, e agora a licença de instalação, permitindo o início das obras. Ambos os processos foram avaliados pela equipe técnica multidisciplinar da Superintendência de Projetos Prioritários (Suppri), com a parceria técnica da Superintendência Regional de Meio Ambiente (Supram) Triangulo Mineiro e Alto Paranaíba e da Unidade Regional de Gestão das Águas Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba (Urga TMAP).

De acordo com a equipe multidisciplinar da Suppri, os estudos e projetos apresentados pela consultoria Pöyry Tecnologia Ltda. têm qualidade nas informações, o que propiciou aos analistas técnicos do Sisema a segurança necessária à elaboração do Parecer Único que subsidiou a tomada de decisões da Câmara de Atividades Industriais do Copam.

“São detalhes que fazem a diferença em qualquer processo de regularização ambiental”, afirma Rodolfo Fernandes, Gestor do Projeto pela Suppri.

De acordo com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), tais processos mostram o avanço da desburocratização do licenciamento ambiental que o Estado vem buscando, em que um empreendimento deste porte teve dois processos de licenciamento analisados no prazo de um ano.

A análise já contabiliza todas as fases necessárias, como a realização de reunião pública no município de Indianópolis, bem como a alteração, ainda na fase de projeto, do sistema de captação de água e emissão de efluentes líquidos, a partir do pleito do Departamento de Água e Esgoto (Demae) e da Prefeitura Municipal de Uberlândia. Tudo feito com vistas à garantia da qualidade da água a ser captada para abastecimento público.

“Este é um processo de regularização ambiental que demonstra o compromisso do Governo de Minas: atrair investimentos, desburocratizar processos e, ao mesmo tempo, aumentar a qualidade da análise dos aspectos ambientais”, afirma o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Germano Vieira. (Da Redação)

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