Agronegócio

Workshop debate uso sustentável da água

Workshop debate uso sustentável da água
Inscrições abertas para evento promovido pelo Sebrae que mostra como captação de água da chuva pode beneficiar produção agrícola | Crédito: Divulgação

Estão abertas as inscrições para o workshop Reservação de Água, promovido pelo Sebrae Minas no dia 6 de dezembro, em Belo Horizonte. O objetivo é debater possibilidades de captação e armazenamento da água de chuva para uso da agropecuária.

“Estudos do Instituto Nacional de Metereologia mostram que as mudanças climáticas estão alterando o padrão de chuvas no Brasil, particularmente na região Sudeste. Assim, os produtores rurais precisam de estratégias para superar períodos secos, cada vez mais extensos”, afirma a analista do Sebrae Minas, Fabiana Vilela.

A distribuição irregular das chuvas compromete a produtividade, o planejamento e a gestão das propriedades rurais. A irrigação tornou-se crucial para mitigar esses problemas. Fabiana explica que a reservação permite acumular a água durante períodos chuvosos em tanques ou barragens.

Feita de maneira correta, a técnica permite aumento da produtividade agrícola, garante a dessedentação dos animais, evita a erosão dos solos e, consequentemente, o assoreamento dos nossos rios.

No entanto, em Minas Gerais, a atual legislação não permite aos produtores rurais a construção desse tipo de barragem.  Por isso foram convidados representantes de órgãos que fazem a gestão dos recursos hídricos no Estado, representantes de comitês de bacias hidrográficas, além de especialistas em agronegócios, irrigação e meteorologia para debater a possibilidade de aproveitamento das águas de chuva de maneira sustentável no Estado.

Uma das palestras ministradas no workshop será a do ex-secretário de Agricultura do Espírito Santo, Otaciano Neto. Ele conta que, em 2015, o Estado flexibilizou a legislação, permitindo a construção desse tipo de barragem, desde que o projeto fosse assinado por um engenheiro.

“Antes era tão difícil conseguir aprovação para barragem de reservação de água que os produtores rurais construíam de maneira clandestina”, afirma.

A partir de uma legislação mais flexível, o Estado passou de 70 barragens aprovadas ao ano para 3 mil.  De acordo com Otaciano, essa ampliação diminuiu o impacto da crise hídrica no Espírito Santo, além de trazer outras vantagens.

“O risco de ruptura de barragens diminuiu e nós conseguimos fazer uma gestão mais eficiente da quantidade de água armazenada em cada bacia hidrográfica. Quando é fácil licenciar, ninguém quer fazer construções clandestinas”, diz.

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