Guedes: País está preparado para a guerra

Brasília – O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou ontem que o governo está pronto para eventuais impactos da guerra na Ucrânia, ressaltando que a equipe econômica tem um protocolo de crise que inclui exceção ao teto de gastos “se for preciso”.
“Estamos prontos, temos protocolo de guerra todo preparado, temos a PEC emergencial, temos o botão de emergência, temos a exceção ao teto se for preciso, estamos preparados para qualquer guerra”, disse.
Em cerimônia de lançamento de medidas econômicas no Palácio do Planalto, Guedes afirmou que o Brasil caiu durante a pandemia de Covid-19, já se levantou e está melhor que outros países.
O ministro ressaltou também que o governo zerou o déficit do setor público. Por isso, segundo ele, o Brasil está “pronto para outra briga” se vier uma guerra mundial, pontuando que, numa situação desse tipo, será possível expandir gastos novamente.
Após a aprovação do projeto que reduziu PIS/Cofins sobre combustíveis e mudou a fórmula de cálculo do ICMS, Guedes afirmou que a arrecadação dos governos subiu com a alta do petróleo e que os gestores públicos não podem “ter resultado na desgraça do povo”, sendo necessário abrir mão dessas receitas.
IPI – O presidente Jair Bolsonaro afirmou também ontem que o governo pode ampliar a redução do IPI para os setores de automóveis, motocicletas e linha branca, depois de uma redução geral de 25% aprovada há duas semanas.
Em discurso no Palácio do Planalto, o presidente afirmou que o seu governo estaria fazendo uma “revolução na redução de impostos” e que o ministro da Economia, Paulo Guedes, teria aberto a possibilidade de uma nova redução.
“Há uma possibilidade, segundo Paulo Guedes quem disse, de reduzir mais ainda para automóveis, motocicletas e linha branca”, afirmou.
No final de fevereiro, o governo anunciou uma redução geral das alíquotas do imposto para quase todos os produtos sobre os quais o IPI incide. Na maior parte dos casos, a redução foi de 25%. Em alguns, caso dos automóveis, foi menor, em torno de 18%.
O governo calculou uma redução de arrecadação de R$ 19,5 bilhões com a mudança no imposto, mas justificou com a alegação que, em janeiro, a arrecadação cresceu 18,3% em relação ao mês anterior.
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