Economia

Votação da reforma tributária pode ficar para agosto

Deputado federal Domingos Sávio argumenta que matéria é complexa e que é necessário mais prazo para análise do texto apresentado na quinta-feira
Votação da reforma tributária pode ficar para agosto
Deputado Domingos Sávio defende que a votação da reforma tributária deve ficar para mais tarde | Crédito: Alessandro Carvalho / CDL-BH

A votação da reforma tributária deve ficar para o segundo semestre, no início de agosto, é o que defende o deputado federal Domingos Sávio (PL), que é presidente da Frente Parlamentar de Comércio e Serviços da Câmara dos Deputados. “Não podemos votar a reforma tributária correndo, nós precisamos de mais prazo, pois é uma matéria complexa”, diz.

Para ele, o texto, que só agora foi apresentado, deve ser analisado com muita prudência, já que é necessário fazer contas, simulações e analisar os impactos em toda a cadeia produtiva. “Só agora é que vamos discutir o projeto real. Então, no mínimo 30 dias, início de agosto, para efetivamente ir para o Plenário, e não votar na primeira semana de julho, como quer o presidente da Câmara”, argumenta.

Na última quinta-feira (22), o relator da reforma na Câmara dos Deputados, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), divulgou a versão preliminar do seu substitutivo, considerado o primeiro passo para as discussões no Legislativo. Isso mostra que o texto ainda pode passar por alterações. 

Sávio afirma que a reforma tributária é necessária, que deve buscar a simplificação e que não pode aumentar os impostos. “Não podemos fazer uma reforma tributária pensando só sobre a ótica do governo, que quer arrecadar mais, eu digo isso porque a ministra do Planejamento acabou de dizer que para o arcabouço fiscal dar certo, para equilibrar as contas públicas, tem que arrecadar R$ 200 bilhões a mais no próximo ano”, argumenta. 

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Evento na Capital discute a reforma tributária

O parlamentar, que esteve nesta sexta-feira, em Belo Horizonte, para participar da 27ª Convenção Estadual Varejo 360º, acrescenta que, diante desse cenário, a sensação é que a reforma tributária é para aumentar impostos.

Ele participou do painel “Impactos da Reforma Tributária para os setores de comércio e serviços em Minas Gerais”, que teve como mediadora a editora digital do DIÁRIO DO COMÉRCIO, Gabriela Pedroso Martins.

Realizado pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de Minas Gerais (FCDL-MG), em parceria com a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) e o Sebrae Minas, o encontro é um dos maiores eventos voltados para empresários dos setores de comércio e serviços, representantes e lideranças das CDLs do Estado. A previsão é de reunir um público de 500 participantes durante os três dias de evento na capital mineira.

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