Empresários suspeitos de sonegar R$ 115 milhões são alvos da Polícia Civil

Três irmãos empresários foram alvos de uma operação da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) de combate à sonegação fiscal e lavagem de dinheiro nesta sexta-feira, na Grande BH. De acordo com o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) eles teriam causado um prejuízo de, aproximadamente, R$ 115 milhões aos cofres públicos, desde 2003.
Ao todo, nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Belo Horizonte e Contagem. A investigação começou a partir de denúncias de que havia um grande esquema familiar relacionado à lavagem de dinheiro. O grupo, formado por dois homens e uma mulher, estaria movimentando expressivo montante de valores em operações de factoring e, posteriormente, lavando dinheiro e sonegando impostos.
Eles também são suspeitos de cometer usura, conhecido como agiotagem, por meio de cobranças de juros elevados em empréstimos. O dinheiro arrecadado com o crime era lavado em empresas de fachada criadas em nomes de laranjas. A somatória da pena prevista para estes crimes pode chegar até 12 anos de prisão.
Os irmãos envolvidos eram sócios nessas empresas e possuíam escritórios dentro do Ceasa, que serviam como sede de fachada. A Polícia Civil relata que uma dessas empresas já possuía uma ação judicial em relação à sonegação de impostos. Porém, ela foi fechada e outra foi criada, dessa vez, no nome da irmã. Esta última empresa já está sendo investigada.
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De acordo com a PCMG, um dos suspeitos foi apreendido. Com ele, foi encontrado uma arma de fogo sem registro, drogas e aproximadamente R$ 80 mil em dinheiro. E também inúmeras notas promissórias, que somavam mais de R$ 800 mil, e cheques assinados em branco.
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