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Projeto social da Orguel impulsiona profissionais PCD’s

Realizada há 13 anos, iniciativa visa contratar pessoas com deficiências físicas e/ou intelectuais
Projeto social da Orguel impulsiona profissionais PCD’s
Desde 2010, a companhia investe num projeto social que permite a contratação de profissionais PCD’s em regime CLT, em Pedro Leopoldo | Crédito: Dilvugação / Orguel

Há mais de três décadas, a Lei de Cotas para Pessoas com Deficiência (8.213/91) garante que empresas com 100 empregados ou mais reservem vagas para esse grupo. Apesar dos avanços com a medida, instituições como a mineira Orguel, que, através do seu projeto social, busca ir além da obrigação legal e proporcionar maior sentido para a vida dessas pessoas.

A companhia, que atua no ramo de engenharia para a indústria, investe, desde 2010, na contratação de profissionais PCD’s em regime CLT na cidade de Pedro Leopoldo, Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Ao todo, 21 pessoas com deficiências trabalham meio período por dia, realizando atividades de suporte operacional. 

Durante 13 anos, o projeto contou com a parceria da Associação dos Pais e Alunos dos Excepcionais (APAE), uma ONG sem fins lucrativos formada por amigos e familiares de pessoas com deficiência. Porém, a partir deste ano, o programa ganhou força e passou a ser completamente gerido pela empresa. 

Compromisso com a inclusão social 

Em estudo recente divulgado pelo IBGE sobre deficiências e desigualdades sociais, as pessoas com deficiência com 14 anos ou mais, tinham menos taxas de participação no mercado de trabalho (23,8%) e de formalização (34,3%). Entre as pessoas sem deficiência, os índices são, respectivamente, de 66,3% e 50,9%.

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Para a gerente de Gestão de Pessoas da Orguel, Érika Machado, o projeto da companhia traduz bem o compromisso com o tema inclusão social. “Esse projeto é transformador, pois, além da oportunidade de inserção deles no mercado de trabalho, proporciona senso de responsabilidade aos beneficiados. Por isso, procuramos ir além da mera questão legal e apoiamos o desenvolvimento dessas pessoas tanto no aspecto profissional quanto no pessoal, pois também realizamos um apoio às famílias desses colaboradores”, afirma.

Proposta de projeto social é ir além do trabalho 

Segundo Érika Machado, o projeto desenvolvido pela Orguel rompe as fronteiras de Pedro Leopoldo com objetivo de integrar os colaboradores às outras unidades da rede. “Além de integrar, também promovemos um programa de inserção interno, conduzido pela analista de RH Rosângela Silva, no qual levamos colaboradores dessas unidades para visitar Pedro Leopoldo, onde todos passam uma manhã interagindo e dividindo experiências de vida e de trabalho”, informa.

Durante o período de trabalho, são realizadas atividades como: recorte de uniformes descartados, fixação de parafusos em porcas, limpeza de equipamentos alugados, dentre outras. “São tarefas relativamente simples para a maioria das pessoas, mas que para eles são extremamente importantes e todos cumprem com muita dedicação e empenho”, afirma Tatiane Martins Teixeira, assistente social que atua diretamente no apoio aos colaboradores em conjunto com o auxiliar Geovane Gama.

Profissionais atuam em diferentes frentes, interagindo e dividindo experiências de vida e de trabalho. Crédito: Divulgação / Orguel

Verdadeiro sentido para a vida

Se para a grande parcela da população o trabalho é uma forma de garantir o seu sustento, para os profissionais do projeto social da Orguel, ele representa sentido para a vida. 

Felipe Augusto Pereira, de 29 anos, é portador de deficiência intelectual e faz parte do time de colaboradores da empresa desde 2010. Bastante comunicativo, ele revela que adora trabalhar na Orguel, principalmente pelo convívio com os colegas e com Tatiane. “Não consigo imaginar minha vida longe daqui”, declara. Com as remunerações dos dois trabalhos, Felipe ajuda a pagar as contas de casa e se diverte indo a shows sertanejos.

Quem também tem história com a Orguel, é Dener Pedro dos Santos, de 36 anos. O profissional é portador de paralisia cerebral e usa parte da remuneração recebida para ajudar no sustento da casa. “Eu gosto de todo mundo aqui. No dia que não venho devido a algum problema de saúde eu fico muito triste”, relata. 

Movimento Minas 2032

Os investimentos e esforços da Orguel estão alinhadas com o Movimento Minas 2032 (MM 2032) – pela transformação global. Liderado pelo DIÁRIO DO COMÉRCIO. A iniciativa propõe uma discussão sobre um modelo de produção duradouro e inclusivo, capaz de ser sustentável, e o estabelecimento de um padrão de consumo igualmente responsável, com base nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), promovidos pela Organização das Nações Unidas (ONU).

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