E o Brasil, onde fica?

Pesquisa de opinião divulgada na semana que passou indica que o índice de aprovação do presidente Lula é ascendente e já chega aos 60%. Independentemente de preferências que são próprias do sistema político e assim devem ser vistas com absoluta naturalidade, há que registrar também que a mudança de humores detectada pode indicar que a polarização que tanto custou – e ainda custa – ao País está em processo de queda, o que pode nos livrar de extremos descabidos, além de maléficos. E uma evolução que nos leva a tentar enxergar mais à frente para que seja melhor compreendida a verdadeira natureza do processo em curso.
Não se trata, ou não deveria, de tentar determinar se é este ou aquele, quem é pior ou quem é melhor, numa fulanização muito bem engendrada e manipulada para tirar o foco do que realmente interessa: o Brasil que somos, com seus muitos erros, e o Brasil que poderíamos ser, capaz de produzir riquezas que possam melhorar a vida de todos, que deveria ser os legítimos donos das melhores esperanças. É o que tem acontecido, com pessoas ou grupos de pessoas empenhadas em articulações e movimentos que guardam distância do que deveria ser a política, no sentido do que nos foi ensinado pelos gregos. Como já foi dito, donos de muitas ambições e de muito pouco, quase nada, que possa ser definido, de fato, como um projeto para o Brasil, para o presente e para o futuro.
Algo que por natureza não deveria nem poderia ser antagônico e sim traduzir convergência na direção do que nos falta, buscando rumos que permanecem abstratos, obscuros. Podem variar os caminhos, mas não os objetivos, entendidos como o elenco de ações capazes de nos conduzir a um Brasil menos desigual e melhor capacitado para fazer bom uso de suas riquezas e potencialidades, traduzindo tudo isso em equilíbrio e prosperidade, com menos desigualdades, além de regatar o sentido de independência que hoje se encontra, sejamos realistas, no plano pouco além do meramente formal.
Sim, é verdade, deve nos tranquilizar a informação de que as feridas aos poucos vão sendo curadas, quem sabe para chegarmos à compreensão de que tudo foi obra de um pequeno grupo usando velhas e conhecidas táticas para dividir e nesse processo encontrar a ilusão de sua força. Felizmente durou pouco, por maior que tenham sido os estragos. Patriotas de verdade só podem desejar que tenha chegado a hora de cuidar melhor do Brasil.
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