Indicadores apontam aquecimento do varejo em Belo Horizonte

Levantamento da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) aponta que, de janeiro a agosto de 2023, as vendas no comércio varejista em Belo Horizonte avançaram 0,84%. “Esse desempenho é resultado do controle da inflação, do aumento da renda disponível e da contínua geração de empregos”, avalia o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva.

Durante o período analisado, alguns dos segmentos de maior destaque do comércio local foram os de drogarias e cosméticos, com crescimento de 4,58%. Os supermercados de Belo Horizonte tiveram alta de 2,99%, seguido do setor de veículos e autopeças com avanço de 1,98%. Já o setor de artigos diversos, em que se encaixam as lojas de brinquedos, óticas, caça, pesca, material esportivo, bicicletas e instrumentos musicais, esse crescimento foi de 1,46%.

Na variação mensal, mais especificamente entre agosto e julho deste ano, o varejo da capital mineira performou acima da média nacional e estadual. Neste intervalo, as vendas da Capital avançaram 1,03%, frente ao recuo nacional de 0,2%. Já Minas Gerais cresceu 0,6% no mesmo período. Avaliando os melhores desempenhos registrados, o setor supermercadista aparece em primeiro com alta de 7,03%. Na sequência, avançaram o setor de drogarias e cosméticos com 5,11% e o segmento de veículos e autopeças com 3,76%.

Para o presidente da CDL/BH, a liderança de Minas Gerais nas atividades turísticas do País, com efetiva participação da Capital, foi primordial para a economia da cidade. “O turismo também contribuiu para o crescimento do setor de comércio e serviços”, disse.

Cresce número de consumidores que estão regularizando dívidas

Segundo a entidade, o crescimento estável do varejo em Belo Horizonte é reflexo também da queda de negativados no cadastro do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Desde junho deste ano, o indicador tem sido positivo e, em setembro, o avanço foi de 2,16%. A comparação foi realizada frente ao mesmo período de 2022, no que tange ao número de pessoas que regularizaram pendências com o comércio da Capital.

“A melhora do mercado de trabalho e o programa Desenrola Brasil têm permitido que as pessoas honrem seus compromissos financeiros. A tendência para essa reta final do ano, com o pagamento do 13º salário, é que mais pessoas limpem o nome e recuperem o poder de compra, especialmente no crédito”, explica Souza e Silva.

Homens estão recuperando mais crédito que mulheres

Um recorte da pesquisa ainda mostra que homens quanto mulheres têm conseguido deixar a lista de negativados do SPC Brasil em Belo Horizonte. O indicador, no entanto, revela que as condições de trabalho e renda favorecem mais o gênero masculino. Somente em setembro o número de homens que recuperaram créditos cresceu 3,12%, frente ao mesmo mês de 2022. Já entre as mulheres, a recuperação foi de apenas 0,45%.

“A taxa de desemprego e a diferença salarial entre os gêneros são pontos delicados e que precisam avançar. Em Belo Horizonte, por exemplo, os homens possuem um rendimento médio 33,4% superior ao das mulheres. Além disso, elas enfrentam maior dificuldade para se colocar no mercado de trabalho”, explica a economista da CDL/BH, Ana Paula Bastos.

Conforme Ana Paula Bastos, diminuir essas diferenças é fundamental, pois, as mulheres representam grande força consumidora, já que são as principais responsáveis pela gestão dos lares na Capital. 

Boas expectativas

Com a proximidade de datas varejistas importantes como o caso das tradicionais vendas de Black Friday e Natal, a CDL/BH estima boas expectativas para o fim do ano. Segundo a entidade, os resultados serão melhores frente ao desempenho das mesmas monitoradas em 2022. Isso se deve ao cenário econômico mais favorável e outros fatores de estímulo. Para saber mais sobre as avaliações e análises para o período, leia a reportagem completa sobre o assunto, clicando aqui.