Aluguel tem alta de 19,35% em Belo Horizonte

Os novos contratos de aluguel em Belo Horizonte tiveram elevação de 19,35% nos últimos 12 meses encerrados em outubro, segundo informação do Índice de Aluguel QuintoAndar Imovelweb. É o menor percentual desde dezembro de 2022. No ano, a alta é de 19,05% e, no décimo mês de 2023, houve retração de 0,02%.
A pesquisa indica que os preços continuam em processo de desaceleração e caminham para uma estabilização, conforme o gerente de dados do Grupo QuintoAndar, Thiago Reis. Ainda assim, o preço de R$ 32,68 por metro quadrado do aluguel em Belo Horizonte é o maior da série histórica. “O retrato é esse, que o preço ainda está muito alto. Apesar de a gente está falando de desaceleração, nunca tivemos um preço tão alto”, disse.
Ele acrescenta que a desaceleração é semelhante em diversas capitais do País, como São Paulo e Curitiba, após uma recuperação muito grande dos preços no cenário pós-pandemia. A tendência agora é que os valores do aluguel caminhem para a estabilização. “Belo Horizonte teve uma alta muito representativa nesse ano, quase 20% ainda é muito alto. É bem possível que nos próximos meses a gente veja de fato uma acomodação desses valores. Exatamente uma acomodação indo por uma estabilização de preço”.
Desconto
Segundo a pesquisa da QuintoAndar Imovelweb, há espaço para negociar o aluguel em Belo Horizonte. O desconto médio das transações feitas em setembro foi de 3,2%, um acréscimo 0,2 ponto percentual do registrado no mês anterior.
“Apesar do preço estar muito alto, ainda tem um patamar de desconto relativamente grande. A gente fala ‘mas é 3%’. Mas 3%, às vezes, num contrato de aluguel de 30 meses, significa uma benfeitoria para o imóvel, alguma reforma mínima, gastar com algum eletrodoméstico”, explica Reis.
Bom para todos
O gerente de dados destaca que é importante que entender que, mesmo com o mercado aquecido, a negociação pode ser boa para todas as partes. “Tanto para o inquilino, às vezes ele não está conseguindo chegar no valor inteiro, descontando um pouquinho, ele consegue, quanto para o proprietário, que não quer ficar com apartamento parado por causa de um desconto pequeno desse, pagando despesa do condomínio. O preço está alto, mas ainda dá para chegar no valor que caiba no bolso dos dois, tanto do inquilino quanto do proprietário”, finaliza.
Ouça a rádio de Minas