Franquia de óticas QÓculos quer dobrar de tamanho e foca em Minas

Criada como e-commerce em 2014, as óticas QÓculos aderiram ao modelo de franquias físicas em 2018 e se preparam para ultrapassar a barreira das 100 unidades no ano que vem.
Para chegar a essa conquista, o cofundador da rede, Rafael Galdino, mira esforços em Minas Gerais, onde hoje tem quatro unidades: Cataguases, na Zona da Mata; Uberlândia, no Triângulo Mineiro; e Patos de Minas, no Alto Paranaíba, além de Belo Horizonte, no Minas Shopping (região Nordeste). A meta é somar 10 unidades no Estado. Quatro delas já estão contratadas. Duas serão em Uberaba, no Triângulo Mineiro, sendo a primeira aberta ainda em dezembro. E a Capital vai ganhar duas, nas regiões do Barreiro e Centro-Sul, no início de 2024.
“O projeto da QÓculos completou 10 anos e, até 2018, trabalhamos apenas como e-commerce. Foi muito desafiador porque existiam poucos e-commerces de óculos no Brasil. Com o tempo, vimos que havia uma limitação nesse modelo de crescimento e era necessário ir para o físico. Em 2018, fomos conhecer os mercados internacionais e entendemos que a compra de óculos – de sol e grau – tem um pé na moda e outro na saúde. A experiência da compra de óculos ainda está ligada à experimentação. A plataforma tem todas as ferramentas, mas ainda assim as pessoas querem experimentar”, afirma Galdino.
São dois os modelos de lojas oferecidos pela franquia QÓculos: Multimarcas, com catálogo completo de marcas internacionais e a Outlet. Ambas podem ser instaladas em shopping centers ou em pontos de rua. O investimento inicial médio é de R$ 195 mil.
Para ser um franqueado, o candidato pode apresentar o perfil investidor ou operador. E para receber uma unidade, a cidade deve ter mais de 80 mil habitantes ou ser um polo regional e seu entorno somar essa população.
Atualmente, a franquia comercializa 6 mil óculos, entre grau e sol, totalizando 63.500 mil pares em 2023. Desse montante, 20% a 30% são marcas próprias. A projeção para esse ano é chegar a R$ 50 milhões de faturamento, dobrando em 2024.
Os números do setor indicam que o negócio pode ser bastante rentável se bem administrado. Com 40 milhões de pessoas que precisam de correção visual, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o mercado brasileiro fechou 2022 com crescimento de 11,17% em relação ao ano anterior e faturamento superior a R$ 24 bilhões no ponto de venda (PDV).
Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Óptica (Abióptica), no primeiro trimestre de 2023 o crescimento foi de 9,8%, na comparação com o mesmo período do ano passado, com faturamento de R$ 6,7 bilhões.
“O segmento de franquias óticas está aquecido no mundo todo com a chamada ‘epidemia de miopia’, muito em função do abuso de telas pelos mais jovens. No Brasil temos uma condição especial que é o achatamento da pirâmide etária, elevando os índices de pessoas mais velhas que precisam de óculos. Além disso, nos últimos 15 anos tivemos um avanço das multinacionais investindo no Brasil, injetando design e qualidade, combatendo a pirataria e diminuindo custos, democratizando o acesso aos óculos”, destaca o cofundador da QÓculos.
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