Hotmart movimenta R$ 30 bi em produtos digitais em 12 anos

Mais de 300 mil ocupações diretas e indiretas foram criadas no mercado digital em 2023, enquanto o volume de vendas de produtos digitais ultrapassou, globalmente, R$ 30 bilhões desde 2011. Estes são alguns dos desfechos do estudo “O impacto socioeconômico dos negócios digitais da Creator Economy no Brasil”, conduzido pela Escola de Comunicação, Mídia e Informação da Fundação Getulio Vargas (FGV ECMI).
A pesquisa mensurou o impacto socioeconômico dos produtos digitais comercializados por 552 produtores de conteúdo e afiliados na plataforma global Hotmart. Dentre os produtos digitais em questão, estão os cursos on-line, livros digitais, mentorias, podcasts, entre outros formatos, e também delineou o perfil demográfico destes usuários.
No escopo da pesquisa, foram identificados que 48% dos usuários pesquisados são mulheres e 52% são homens. Aproximadamente 43% têm idade entre 35 e 44 anos, 21% estão na faixa etária de 45 a 54 anos e 19% têm entre 25 e 34 anos. Ao serem questionados sobre raça ou cor, a maioria, ou seja, 61% dos produtores de conteúdo declarou-se como brancos, enquanto 31% declararam pardos e pretos, 4% como amarelos e 1% como indígena.
“A Creator Economy está se expandindo e se profissionalizando exponencialmente, e os números do estudo mostram que o mercado de produtos digitais tem alavancado esse crescimento por meio da geração de renda e emprego”, aponta a pesquisadora responsável pelo estudo, Beatriz Pinheiro.
Retorno financeiro dos produtos digitais está em ascensão
Os desfechos do estudo mostram que 70% dos entrevistados afirmaram ter experimentado um aumento de renda com a venda de infoprodutos da Hotmart. Este percentual aumenta para 100% quando consideramos os clientes que estão há mais de um ano comercializando seus produtos digitais por meio da plataforma.
Dos pesquisados, 14,5% dos empreendedores digitais têm como principal fonte de renda a venda de produtos digitais na Hotmart. Para estes usuários, o retorno em faturamento é significativamente superior à média nacional: R$ 11,9 mil mensais, enquanto entre aqueles que possuem outras fontes de renda, o faturamento médio é de R$ 4,1 mil.
“Diversos fatores impactam na renda dos criadores de conteúdo, como o tempo de dedicação a esse tipo de trabalho, se parcial ou integral, a formalização do negócio e se contam ou não com equipe de apoio. Mas, pelo estudo, podemos ver que um dos principais fatores é o tempo que eles já estão no negócio – quem está há mais tempo, tende a ganhar mais”, diz a pesquisadora.
Negócios digitais prosperam de forma autônoma
Entre originadores de conteúdo e associados, 61% investem em tráfego pago para promoverem seus produtos digitais, sendo que destes, 47% investem menos de mil reais por mês, 12% entre mil e cinco mil reais e apenas 2% investem entre cinco e dez mil reais. Apenas 4% dos produtores de conteúdo recebem patrocínio, o que indica que estes originadores de conteúdo não dependem da publicidade de marcas como principal fonte de renda.
“Criadores de conteúdo que utilizam plataformas para hospedagem e comercialização de produtos digitais podem trabalhar com mais autonomia para pensar estratégias de monetização que fujam do tradicional patrocínio das marcas“, afirma Beatriz Pinheiro.
Ela ainda acrescenta: “Com isso, transformam seus conteúdos em negócios digitais, que são impulsionados pela construção de autoridade, de conteúdos orgânicos e do investimento em tráfego pago para divulgação de seus produtos”, conclui.
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