Economia

AngloGold estima crescimento de 5% na produção em Minas Gerais

Companhia deve atingir até 265 mil onças de ouro neste ano em Minas Gerais; plano de investimentos de R$ 800 mi deve ser concluído em novembro
AngloGold estima crescimento de 5% na produção em Minas Gerais
Foto: Reuters/Dado Ruvic

A estimativa da AngloGold Ashanti é encerrar o ano com um crescimento em torno de 5% na produção de ouro em Minas Gerais, afirmou o presidente da mineradora na América Latina, Marcelo Pereira, durante a Expo & Congresso Brasileiro de Mineração (Exposibram), em Belo Horizonte. Além disso, os investimentos de R$ 800 milhões anunciados pela empresa no Estado devem ser finalizados até novembro deste ano.

Os aportes vêm sendo destinados para melhoria dos indicadores das estruturas geotécnicas, desenvolvimento tecnológico e descaracterização de barragens, como as do complexo de Córrego do Sítio (CDS), em Santa Bárbara, na região Central, que deverão ser finalizadas até o fim de 2025.

“São investimentos importantes que nós estamos fazendo nesse momento, assim como desenvolvimento tecnológico para ganho de produtividade, otimização dos custos e aumento de produção de uma forma geral”, disse Pereira.

A expectativa da mineradora está concentrada na operação da mina Cuiabá, em Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). No primeiro semestre deste ano, a produção de 129 mil onças de ouro do local foi responsável por 75% da produção nacional da AngloGold, além de representar 51% da produção da mineradora na América Latina.

Marcelo Pereira declarou que a estimativa é fechar 2024 com uma produção de até 265 mil onças de ouro na mina de Minas Gerais, um crescimento de pouco mais de 5% em relação a produção de 252 mil onças em 2023. Para a América Latina, a estimativa é encerrar o ano com a produção de até 520 mil onças de ouro, o que seria um crescimento acima de 6% em relação à produção de 2023.

Marcelo Pereira, da AngloGold
Pereira destaca os investimentos em ganho de produtividade | Crédito: Diário do Comércio / Marco Aurélio Neves

“Felizmente conseguimos impulsionar o resultado da AngloGold no mundo, o que é muito positivo, um movimento importante quando a gente compara o mesmo período do ano passado com um período desse ano, assim como quando a gente enxerga a evolução trimestre após trimestre”, afirma o presidente da empresa na América Latina.

Paralisação da AngloGold em Córrego do Sítio

O complexo de Córrego do Sítio foi paralisado temporariamente em agosto do ano passado e gerou a demissão em massa de 650 funcionários. Marcelo Pereira conta que a AngloGold faz avaliações contínuas do portfólio da empresa, que consideram a evolução do preço do ouro no mercado global para avaliar a atratividade dos ativos, mas que não tem nenhuma indicação de retorno das operações em CDS neste momento.

“A gente não deixa de investir nos itens fundamentais, como por exemplo, a garantia dos itens de atendimento de requisito legal, assim como nas próprias barragens que lá estão, em processo de descaracterização, e a segurança das pessoas e do ativo, para que a gente possa, no momento correto, adequado, fazendo a manutenção de forma positiva, retomar a operação, caso isso seja uma alternativa no futuro a ser avaliada”, disse.

Empilhamento a seco

Já a descaracterização das barragens CDS 1 e CDS 2 do complexo devem ser finalizadas até o final do ano que vem. O empilhamento a seco na operação da Mina Cuiabá será iniciado entre o final de 2027 e começo de 2028.

“Infelizmente, há algum tempo não tínhamos ainda estabelecido todos os projetos detalhados para todas as barragens, com um plano claro de descaracterização”, disse Pereira. “Hoje posso afirmar que, primeiro, temos clareza muito forte de que as barragens estão seguras; segundo, que elas têm um plano sólido de descaracterização, a qual temos inclusive o tempo de implementação de cada uma dessas estruturas, quando serão descomissionadas”, completa.

Companhia completa 190 anos no Brasil

A AngloGold Ashanti chega em 2024 aos seus 190 anos de atuação no país. A empresa dá continuidade ao legado da Saint John Del Rey Mining Company, que iniciou suas atividades, em 1834, em Nova Lima.

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