Serasa aponta recorde de inadimplência em maio
De acordo com estudo elaborado pela área econômica da Serasa Experian, em maio deste ano, o número de consumidores inadimplentes no País era de 61,4 milhões, o maior desde o início da série, em 2016. Comparado com o contingente registrado no mesmo mês de 2017 (61,0 milhões), o índice teve aumento de 0,7%. A informação é do Setor de Negócios da Federaminas, que atua em parceria com a Serasa em Minas Gerais. O levantamento mostra que o montante das dívidas dos consumidores no quinto mês de 2017 alcançou R$ 273,7 bilhões, com média de quatro débitos por CPF, totalizando R$ 4.458 por pessoa. Esse volume foi um pouco menor que em maio do ano passado (274,6 bilhões), mas superior ao registrado no mesmo mês há dois anos (R$ 265,0). Conforme observam os economistas da Serasa Experian, o enfraquecimento do ritmo de crescimento econômico concorre para manter em patamares elevados as taxas de desemprego no País e, por consequência, os níveis recordes de inadimplência do consumidor. Por segmentos – A despeito de as dívidas atrasadas com bancos e cartões de crédito terem a maior representatividade no índice, na comparação entre os anos a participação desse segmento caiu 1,5 ponto percentual, enquanto a das áreas de utilities, telefonia, serviços e financeira aumentou. Assim, confrontados maio 2018/maio 2017, os percentuais de bancos e cartões (28,50% – 30%) variaram -1,5 p.p.; os de utilities (19,30% – 17,90%) 1,4 p.p.; os de telefonia (11,50% – 11,10%) 0,4 p.p.; os de varejo (12,70% – 13,70%) -1 p.p.; os de serviços (10,70% – 10,10%) 0,6 p.p.; os de financeira/leasing (10% – 9%) 1; e outros (7,30% – 8,30%) – 1. No gênero masculino encontra-se a maior concentração dos negativados (50,8%), e a maioria dos consumidores com débitos vencidos tem entre 41 e 50 anos (19,7% do total). Em segundo lugar no ranking de participação entre os inadimplentes estão as pessoas com mais de 61 anos, abrangendo 14,2% do total. Segundo o estudo dos economistas da Serasa Experian, a inadimplência está concentrada principalmente na região Sudeste (45,2%), seguindo-se as pessoas com dívidas atrasadas no Nordeste (25,2%), Sul (12,7%), Norte (8,9%) e Centro-Oeste (8,1%).
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