Economia

Redes apostam na alimentação fora de casa para crescer

A fama de “bons de garfo” dos mineiros e as boas perspectivas do setor para o ano, apesar da crise econômica e do desemprego que tira muitos frequentadores dos bares e restaurantes, permite que o setor de alimentação fora do lar em Minas Gerais continue atraindo o interesse das franqueadoras que se dedicam aos mais diferentes sabores e formas de apresentação e atendimento. De acordo com projeções da Associação Nacional dos Restaurantes (ANR), divulgadas em março, o crescimento em faturamento previsto para este ano é de 5%. E segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF), a alimentação fora do lar é o maior segmento do setor de franquias, responsável por 27,8% do total de operações. Na comparação entre o primeiro trimestre de 2018 e o primeiro trimestre de 2017 houve crescimento de 6,6% no total de unidades no Brasil, saltando de 9.935 para 10.590. A Divino Fogão, rede fundada em 1984, em São Paulo, é especializada em comida de fazenda, com mais de 180 lojas espalhadas principalmente pela região Sudeste. A meta é fechar o ano com 193 unidades. Para isso, mais uma unidade está sendo aberta em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), no Itaú Power Shopping. Ela se soma às outras cinco, na região, sendo quatro na Capital e uma em Betim. No Estado ainda existem unidades de Uberlândia, no Triângulo, e Poços de Caldas, no Sul de Minas. A meta é abrir nos próximos quatro anos mais cinco restaurantes em território mineiro. Cidades como Ipatinga, no Vale do Aço, e Sete Lagoas, na região Central, já estão mapeadas, sempre para operações de shopping center. O investimento médio para abertura de unidade (sem o ponto) é de R$ 800 mil. De acordo com o gerente de Expansão da Divino Fogão, Emiliano Oliveira, a dimensão do Estado é um grande desafio. “Estamos tentando entrar em várias regiões de Minas Gerais, mas para isso precisamos de um bom franqueado. Na Divino Fogão cada franqueado pode administrar no máximo duas lojas. É muito difícil cuidar de uma unidade porque a comida é fresca e o cardápio muda todos os dias, diferente de outros concorrentes. A ideia é que nada seja reaproveitado. A produção tem que ser limitada e cuidadosa para que no outro dia esteja tudo fresquinho. Em uma hora o Buffet tem que ter sido trocado totalmente”, explica Oliveira. Para garantir a sobremesa, a Chiquinho Sorvete – que tem origem na cidade mineira de Frutal, no Triângulo, mas que é sediada em Rio Preto, no interior paulista, desde 2010, tem no Estado o seu segundo maior mercado com 49 unidades ativas e outros 60 pontos mapeados, sem contar Belo Horizonte. Segundo o gerente de Marketing da Chiquinho Sorvetes, Antônio Câmara Júnior, para as cidades até 50 mil habitantes foi formatado um novo modelo de negócio com foco em lojas de rua. A meta da empresa é chegar a 500 unidades até o fim do ano. “A nossa inauguração mais recente em Minas foi em Ipatinga (Vale do Aço) e estamos em implantação em Curvelo (região Central). Buscamos o perfil operador para o nosso franqueado e Belo Horizonte é uma das nossas prioridades. O investimento médio de R$ 70 mil”, pontua Câmara Júnior. O cardápio da sorveteria tem mais de 100 produtos e trabalha bem as campanhas sazonais. O ponto de inovação da empresa é o atual desenvolvimento de uma linha com critérios de saudabilidade. Bolos – Se o assunto é um café ou um lanche, a proposta da Fábrica de Bolos Vó Alzira é se espalhar pelo Estado. Cidades com mais de 60 mil habitantes estão na mira do diretor de franquias da marca, Ivan Ferreira. Atualmente são cinco unidades em Minas Gerais, sendo três em Belo Horizonte e duas em Juiz de Fora, na Zona da Mata. “Temos 18 áreas mapeadas só na Capital. Nosso objetivo é chegar a 50 unidades em Minas. Buscamos franqueados com perfil operador, que conheçam bem a região em que pretendem atuar. O investimento médio fica entre R$ 99 mil e R$ 135 mil”, destaca Ferreira. A marca também oferece o Bike Food, que é mais um canal de venda para operar em locais de alto fluxo, como metrô, pontos de ônibus, terminais etc. O investimento custa R$ 16 mil. Mas nem só dos mais de 50 sabores de bolo vive a Vó Alzira que além de batizar a rede ainda comanda a parte de criação da cozinha. O mix de produtos inclui café, cupcake, bolo no pote, sorvete, salgados congelados e bolo em fatia.

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