Adriana Maugeri, da Amif, assume presidência da Câmara Setorial de Florestas Plantadas do Mapa

Primeira mulher a assumir a presidência da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Florestas Plantadas do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a presidente da Associação Mineira da Indústria Florestal (Amif), Adriana Maugeri, está otimista em relação ao trabalho que irá desenvolver. Entre as ações em planejamento está o fortalecimento do setor em todo o território nacional, aproveitando a pujança e experiência do setor em Minas Gerais, que concentra a maior área de florestas plantadas do Brasil.
Esta também é a primeira vez que um representante de Minas Gerais assume a Câmara do Mapa. Para ela, chegar à presidência é importante e mostra que o trabalho desenvolvido está no caminho certo.
“O ser mulher e chegar a uma representação nacional de uma cadeia produtiva tão forte nacional é uma resposta que o nosso trabalho está dando certo. Me incomodava ser a primeira mulher em vários lugares, me sentia só, até entender que essa é a minha missão. Tenho conseguido trazer uma representatividade e eu, por ser mulher, também represento o homem. Quero abrir portas para que cheguem novos homens, novas pessoas que, realmente, queiram fazer a diferença, que façam um trabalho com muita responsabilidade, com competência e com muita harmonia”.
Importância para o desenvolvimento florestal
Adriana Maugeri explica que o trabalho frente à câmara setorial é de fundamental importância para o desenvolvimento do setor em Minas Gerais e nos demais estados do País. Isso porque nela estão reunidos técnicos, representantes do setor produtivo dos estados produtores, universidades, além de integrantes dos governos, que são a voz do setor que irão direcionar as ações do Mapa.
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“Faço parte da Câmara desde 2017. Por ela reunir diversos representantes do setor, de universidades, dos governos, brinco que somos uma mini ONU do setor, trazendo vários olhares da produção em todo o Brasil. Nela, temos as diferentes cadeias produtivas que compõem a agroindústria florestal nacional. Você tem espécies diferentes. Então traz esse olhar, esta riqueza diversa do Brasil”.
Na câmara setorial, Adriana quer buscar o fortalecimento do setor florestal
Uma das frentes de trabalho que a presidente da Amif quer desenvolver é o fortalecimento das diversas cadeias produtivas do setor. O trabalho tem como objetivo estimular a produção nos diversos municípios, já que o setor florestal é um grande gerador de renda para as cidades e produtores, de tamanhos diversos.
“Há uma necessidade de a gente, realmente, olhar mais profundamente as cadeias produtivas com o objetivo de fortalecê-las, estruturá-las e ampliá-las, quando for necessário. Algumas podem até deixar de existir porque vão perdendo força ou finalidade. E aí surgem outras, essa dinâmica é natural dentro da produção. Isso é importante, ter esse olhar com inteligência de negócio”.
Com o objetivo de buscar o desenvolvimento de toda a cadeia nacional, ela pretende ouvir as demandas do setor e ser o elo entre os ministérios e demais órgãos que possam contribuir para a solução de gargalos.
“Quero buscar ouvir os anseios diferentes, as necessidades diferentes para fazer esse elo e, então, levar ao Mapa. Também pretendo fazer essa aliança com todos os outros ministérios, com o Congresso Nacional, com outras entidades setoriais, com o próprio judiciário. É um trânsito interessante entre os poderes, entre as outras representatividade para buscar essa convergência”.
Setor preserva
Promover o empoderamento da cadeia florestal também será um desafio. Segundo Adriana, é preciso fazer um trabalho de fortalecimento da visão do setor agro florestal dentro do Mapa.
“O próprio Ministério da Agricultura precisa se empoderar mais das florestas produtivas. Se empoderar delas trazendo aliança com outros setores porque essas florestas produtivas trazem suas florestas conservadas juntas. Então, o Mapa tem no setor uma riqueza muito grande para poder negociar, para poder ser ouvido de forma mais clara por diversos outros setores. Infelizmente no Brasil, ainda tem muita gente que demoniza o agro, que ainda é visto como antagonista da conservação ambiental. Então, a gente traz para o Ministério da Agricultura essa moeda de valor, que é o maior exemplo de que o agro é o maior conservador”.
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