Aplicação do crédito rural chega a R$ 36,47 bilhões em Minas Gerais

A demanda pelos recursos do crédito rural, em Minas Gerais, cresceu 13% nos primeiros sete meses do Plano Safra 2023/24. Ao todo, foram desembolsados R$ 36,47 bilhões para a aplicação na agricultura e pecuária do Estado. O valor responde por 13% dos desembolsos feitos no País.
No Brasil, ao longo dos primeiros sete meses da safra, houve um aumento de 16% na demanda. Assim, o desembolso do crédito rural chegou a R$ 270,9 bilhões, no período de julho de 2023 até janeiro de 2024. Conforme o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), até o momento, o total liberado no Brasil corresponde a 62% do montante que foi programado para a atual safra para todos os produtores.
Em Minas Gerais, para a liberação dos R$ 36,47 bilhões, houve a aprovação de 170.998 contratos, 7% a mais.
Ao longo da safra, a agricultura vem sendo a atividade que mais demanda recursos. Conforme os dados da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), do total de R$ 36,47 bilhões liberados para Minas, R$ 25,63 bilhões foram para a atividade agrícola. O valor supera em 13% o desembolso feito em igual período da safra anterior (R$ 22,71 bilhões). Foram 86.961 contratos aprovados, alta de 6%.
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Os desembolsos para a pecuária cresceram 13%, somando, então, R$ 10,84 bilhões. A aprovação de contratos, 84.037, cresceu 9%.
Em Minas Gerais, maior parte do crédito rural vai para o custeio
Ao longo da safra, a alta de 13% nos desembolsos do crédito rural para Minas Gerais foi puxada, principalmente, pela maior demanda registrada na linha de custeio. Conforme os dados da Seapa, as liberações para a linha somaram R$ 21,53 bilhões, uma alta de 11%. Houve também aumento na aprovação de contratos, 6%, encerrando, assim, os primeiros sete meses da safra com 83.556 unidades liberadas.
Dentre os setores, para a agricultura, os desembolsos chegaram a R$ 13,98 bilhões, superando, então, em 10% o volume de recursos desembolsados em igual período da safra anterior. Quanto aos contratos, que somaram 48.934, a alta ficou em 9%.
Em janeiro, as culturas que mais acessaram o crédito de custeio foram café, R$ 302,56 milhões, em seguida alho, R$ 113,7 milhões, milho, R$ 79,88 milhões, e cana-de-açúcar, com R$ 40,56 milhões.
Os recursos para o custeio da pecuária chegaram a R$ 7,55 bilhões, gerando, assim, um incremento de 12%. Houve um aumento de 3% na aprovação de contratos, que somou 34.622 unidades. Somente em janeiro, para a produção de bovinos as liberações somaram R$ 648 milhões, seguida pelos suínos, com R$ 21 milhões, e avicultura, com o valor de R$ 18,72 milhões.

Investimento e comercialização
Em Minas Gerais, houve aumento na demanda pelos recursos para investimentos. Conforme os dados, os desembolsos da linha cresceram 3%, chegando a R$ 7,54 bilhões. Nesta linha, a pecuária foi o destaque.
No período, os investimentos no setor pecuário somaram R$ 2,71 bilhões, aumento de 15%. Mais produtores buscaram recursos, assim, o número de contratos aprovados, 49.208, subiu 14%.
Já a busca para investir na agricultura caiu 3% e as liberações encerraram os sete primeiros meses da safra em R$ 4,83 bilhões. O número de contratos aprovados, 34.769, ficou estável.
Para a comercialização, os desembolsos somam R$ 5,33 bilhões em Minas, uma alta de 38%. Para a agricultura o valor chegou a R$ 5,17 bilhões, 40% a mais. Já na pecuária, o montante, R$ 150 milhões, caiu 6%.


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