Café Fazenda Caeté investe na exportação para a China
Depois de desbravar parte do mercado asiático e oferecer aos clientes do outro lado do mundo o cafezinho tipicamente mineiro, a indústria Café Fazenda Caeté, localizada em Campo Belo, no Centro-Oeste de Minas Gerais, quer levar mais produtos mineiros e brasileiros às gôndolas dos asiáticos. A empresa está investindo cerca de R$ 200 mil na abertura de uma importadora de produtos brasileiros em Hong Kong, Região Administrativa Especial pela China. De acordo com o diretor comercial, Fernando Reis Costa, a estratégia da empresa é reunir esforços de empresas que querem exportar para a Ásia e ganhar força nesse mercado a partir de uma representação instalada no continente. “Temos visto muitas empresas pequenas tentando chegar ao mercado asiático, mas elas estão trabalhando sozinhas. A consequência disso é um produto brasileiro solto na prateleira e sem chamar atenção. Nosso objetivo é exportação em bloco: assim conseguimos uma gôndola só com produtos brasileiros e chamamos a atenção de quem nasceu no Brasil, mas também de quem quer conhecer os nossos produtos”, afirma. Costa explica que os quatro anos de experiência no mercado asiático permitiram que a empresa conquistasse parcerias importantes no continente. Atualmente, a indústria exporta café torrado, café torrado e moído e café em sachês para o Japão, Emirados Árabes e para a China. De acordo com ele, a demanda pelo café no mercado asiático está aumentando nos últimos anos, tanto para o consumo simples como para consumos mais sofisticados, como em drinks. Além disso, ele destaca que há uma grande comunidade de brasileiros no Japão, que compõem o chamado “mercado da saudade” e que demandam o produto para se lembrar de casa. Segundo o diretor, a exportação representa de 10% a 15% do faturamento da indústria hoje e a expectativa é que essa representatividade cresça para 40% em até dois anos. Abertura – Mas, muito mais que café, o mercado asiático está aberto para outros produtos brasileiros, segundo Costa. E é por acreditar nisso que ele está apostando na importadora em Hong Kong. A indústria criou uma estrutura de uma distribuidora em sua sede em Campo Belo, que vai exportar os produtos brasileiros para a empresa na China. Além do seu próprio café, a empresa quer representar outras marcas de café, além de produtos como cachaça e cerveja artesanal. “Escolhemos Hong Kong por causa do tamanho de seu porto, que facilita muito a logística, mas também por ser um hub para toda a Ásia. O mercado asiático é imenso e tem um grande potencial”, diz. O diretor garante que os contatos e parcerias já desenvolvidas no mercado nos últimos anos serão suficientes para lançar os novos produtos brasileiros nos pontos de venda primeiro da China e depois para o continente. A expectativa do executivo é que o retorno do investimento de R$ 200 mil ocorra em até um ano e meio.
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