Agronegócio

Cooxupé inaugura núcleo em Patrocínio

Ao todo, cooperativa investiu R$ 30 milhões em unidade para ampliar atendimento a produtores da região
Cooxupé inaugura núcleo em Patrocínio
A Cooxupé fez aportes de R$ 30 milhões na construção de um complexo em Patrocínio | Crédito: Divulgação

Com investimentos de R$ 30 milhões, foi inaugurado, ontem, em Patrocínio, na região do Cerrado Mineiro, o novo Núcleo da Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé). A construção do complexo tem o objetivo de atender melhor os cafeicultores cooperados da região, que é uma das mais importantes da cafeicultura nacional.

De acordo com o presidente da Cooxupé, Carlos Augusto Rodrigues de Melo, a instalação do núcleo vem atender ao crescimento da região e levar mais serviços para os cooperados. 

Inauguramos um núcleo em Patrocínio visto que o crescimento da região foi muito relevante. Este investimento está embasado em um planejamento técnico, dado o avanço que a região teve com a Cooxupé. Diante disso, estamos levando uma estrutura importante para Patrocínio e região”.

O novo núcleo conta com loja de insumos, máquinas e produtos, auditório com capacidade para 200 pessoas e um centro de distribuição de insumos para o Cerrado, visto que a logística indica que Patrocínio é um centro ideal para atender os cooperados. A unidade conta ainda com uma capacidade de armazenagem de 250 mil sacas de café.

Toda a estrutura está localizada em uma área de 120 mil metros quadrados, sendo 15 mil metros quadrados de área construída. 

“Tivemos um crescimento muito grande na região de Patrocínio e  temos na região uma capacidade de recebimento de mais de 200 mil sacas de café por ano. O núcleo vai atender a mais de 250 cooperados da Cooxupé”. 

De acordo com Rodrigues de Melo, a cooperativa está presente em Patrocínio desde 2013. No município havia uma Unidade Avançada, que foi transformada no núcleo. 

“A Cooxupé celebra a finalização das obras e a estrutura que se transformou em Núcleo para aprimorar a prestação de serviços aos cooperados. Essa transformação contou com um investimento de R$ 30 milhões e deve impactar positivamente nos negócios em insumos e café, bem como no aumento de cooperados da região. Sempre falamos que, para o maior município de produtos de café do Brasil, a Cooxupé, como grande cooperativa, tem que estar presente à altura do que os cooperados desejam”.

De acordo com Rodrigues de Melo, a Cooxupé tem 48 pontos físicos de atendimento aos cooperados. As unidades estão distribuídas em Minas Gerais e São Paulo.

“No Cerrado, estamos presentes em 67 municípios, e, estes municípios, são atendidos por sete unidades de negócios, ou seja, são unidades avançadas, filiais ou núcleos, como é o caso de Patrocínio. No total, a Cooxupé atende 300 municípios no Sul de Minas, Cerrado, Média Mogiana Paulista e, recentemente, nas Matas de Minas”.  

A unidade instalada pela Cooxupé conta ainda com uma capacidade de armazenagem de 250 mil sacas de café | Crédito: Divulgação

Safra 2022

Em relação à safra 2022, já foram colhidos pela Cooxupé, até a última sexta-feira, 62,8% da produção, volume que é equivalente ao colhido no mesmo período do ano passado. 

“A colheita não está indo como esperávamos. É uma colheita bem menor. Não sabemos os números ainda, mas devemos ter uma quebra de 20% frente ao ano passado”.

A estimativa inicial da cooperativa, para a safra de café 2022, era alcançar um volume de 6,1 milhões de sacas, aumento de cerca de 9% ante a temporada de 2021, puxado pela bienalidade positiva. 

A redução observada durante o avanço da colheita, segundo Rodrigues de Melo, é resultado das alterações climáticas, como geadas e variações de temperaturas, muito altas e muito baixas. 

“A quebra já é inerente, porém, os cafés são de alta qualidade. Os preços estão variando de R$ 1,1 mil a R$ 1,3 mil por saca. São valores bons, porém, a alta de custos do ano passado para cá foi significativa. Não só insumos como fertilizantes e defensivos ficaram mais caros, mas outros também, como energia e combustíveis. Além disso, há uma ausência de mão de obra, que também está com custo elevado”.

Em 2021, a Cooxupé apresentou números recordes, apesar dos problemas climáticos que reduziram a produção dos cooperados. Com preços mais altos em um mercado afetado por seca e geadas, o faturamento chegou a R$ 6,7 bilhões no ano passado, representando avanço de 34% em relação a 2020 (R$ 5,03 bilhões). O lucro da cooperativa também foi recorde e chegou a R$ 356 milhões, alta de 9,5% frente ao exercício anterior (R$ 325 milhões).

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