Desembolsos do crédito rural para Minas Gerais crescem 13% na safra 2023/24

Entre julho de 2023 e março de 2024, o montante do desembolso do crédito rural do Plano Safra 2023/24 para Minas Gerais avançou 13%. Ao todo, foram liberados para a agricultura e pecuária do Estado R$ 42,14 bilhões. O volume de recursos representa 13% do valor total liberado para o Brasil, que foi de R$ 319,5 bilhões, ficando, então, 14% superior.
Conforme os dados da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), do valor total destinado a Minas, R$ 29,29 bilhões foram para a agricultura. Assim, o valor cresceu 14% se comparado com os R$ 25,79 bilhões desembolsados entre julho de 2022 e março de 2023.
No mesmo período, o crédito rural destinado para a pecuária chegou a R$ 12,86 bilhões, ficando, portanto, 12% maior que os R$ 11,5 bilhões registrados anteriormente.
Em relação aos contratos aprovados, em Minas Gerais foram 203.312 unidades, alta de 10%. O crescimento veio tanto da pecuária como da agricultura. Na agricultura, onde a aprovação somou 100.346 unidades, a alta ficou em 9%. Já na pecuária o incremento chegou a 11%, com a liberação de 102.966 contratos do crédito rural.
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Custeio segue como linha mais demandada do crédito rural
Dentre as linhas do crédito rural, em Minas Gerais, a maior demanda dos produtores é pela linha de custeio, cujos recursos são voltados para cobrir as despesas normais dos ciclos produtivos.
No Estado, os desembolsos somaram R$ 24,43 bilhões, representando, portanto, um incremento de 10%. Ao todo, foram 96.221 contratos aprovados. A maior parte dos recursos demandados pelo Estado tiveram como destino a agricultura. Nos primeiros nove meses da safra, as liberações somaram R$ 15,47 bilhões para a agricultura, valor 9% superior. As aprovações de contrato chegaram a 53.605, 8% a mais.
Dentre as lavouras, considerando somente março, o destaque foi a soja. Ao todo, foram R$ 223,2 milhões liberados para o custeio da cultura. Em igual mês de 2023, o montante era de R$ 267,73 milhões. Logo em seguida, veio o valor de R$ 176,05 milhões para o café, depois R$ 54,89 milhões para o milho, e R$ 50,37 milhões para o alho.
As contratações do crédito rural para custear a atividade pecuária alcançaram, nos nove primeiros meses da safra 2023/24, R$ 8,95 bilhões, superando, então, em 10% o valor da safra passada.
Em março, entre as atividades, a maior demanda veio da produção de bovinos, R$ 601,03 milhões, em seguida os suínos, R$ 27,97 milhões, e a avicultura, R$ 15,38 milhões.
Recursos para investimento e comercialização também cresceram
Outra linha que está com demanda maior é a de investimentos. Conforme os dados, de julho de 2023 a março de 2024, os recursos para o Estado somaram R$ 9,3 bilhões, valor que ficou 9% maior que os R$ 8,852 bilhões registrados em igual intervalo da safra passada.
Conforme a Seapa, entre os setores, a agricultura ficou com a maior parte do crédito para investimentos. As liberações para o setor totalizaram R$ 6,01 bilhões, aumento de 4%. Ao todo, houve a liberação de 42.791 contratos, alta de 7%.
Para a pecuária o valor somou R$ 3,28 bilhões para investimentos, o que representa uma elevação de 20%. Ao todo, houve a aprovação de 60.086, resultando, portanto, em uma alta de 19%.
Para a operação de comercialização das safras, a demanda cresceu 32% em Minas. Nos nove primeiros meses do ano safra, foram desembolsados R$ 6,19 bilhões. No intervalo, o setor da agricultura demandou R$ 6,02 bilhões da linha, aumento de 35%. O número de contratos ficou 65% maior e somou 3.804 unidades aprovadas.
No mesmo período, os recursos voltados para a comercialização dos produtos pecuários foi de R$ 170 milhões, queda de 29%. As aprovações, 216, caíram 11%.
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