Agronegócio

Embarques brasileiros voltam a bater 100 mil toneladas

Embarques brasileiros voltam a bater 100 mil toneladas
Em julho, foram 100,4 mil toneladas exportadas, um aumento de 47,9% frente a igual mês de 2019 | Crédito: Rodolfo Buhrer / Reuters

São Paulo – As exportações de carne suína do Brasil voltaram a superar a marca mensal de 100 mil toneladas em julho, novamente puxadas pela firme demanda asiática, disse nessa segunda-feira (10) a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

Segundo a entidade, o volume embarcado dos produtos (in natura e processados), de 100,4 mil toneladas, é 47,9% superior ao de igual período do ano anterior. As receitas somaram US$ 203,1 milhões no mês, alta de 37,3%.

Em maio, as exportações da proteína haviam ultrapassado o nível de 100 mil toneladas por mês pela primeira vez na história – na ocasião, o País embarcou pouco mais de 102 mil toneladas do produto, um recorde.

“As lacunas deixadas pela peste suína africana nos países asiáticos ainda impactam a demanda local por produtos importados, e o Brasil está consolidado como um fornecedor confiável para a região”, destacou, em nota, o presidente da ABPA, Francisco Turra, referindo-se à doença que dizimou criações de suínos na Ásia, especialmente na China.

De acordo com os dados da associação, entre janeiro e julho, as vendas brasileiras para a Ásia somaram 456 mil toneladas, alta de 82,9% na comparação anual e equivalente a 78,6% do total exportado pelo setor.

Ao todo, as vendas do setor cresceram 38,78% nos sete primeiros meses do ano, para 579,9 mil toneladas.

A China adquiriu 282,1 mil toneladas de carne suína do Brasil no período, avanço de 143% no ano a ano. O volume não inclui as exportações para Hong Kong, que apuraram alta de 17%, a 107,7 mil toneladas.

“Esse é um comportamento consistente no mercado asiático, que deve perdurar ao longo dos próximos meses”, afirmou Turra.

Carne de frango – Os embarques de carne de frango do Brasil, por sua vez, terminaram julho com queda de 5,7% em relação a mesmo mês do ano passado, totalizando 364,6 mil toneladas, segundo a ABPA. As receitas atingiram US$ 498,2 milhões, recuo de 25% no ano a ano.

Apesar disso, a ABPA ainda acredita que as exportações da proteína devam manter a alta no acumulado do ano – entre janeiro e julho, foram embarcadas 2,471 milhões de toneladas, leve avanço de 0,5% ante os sete primeiros meses de 2019.

“O volume exportado em julho deste ano foi acima da média efetivada em 2019, de 351 mil toneladas mensais. O comportamento mensal das exportações deste ano indica que a alta acumulada deverá se manter”, disse o diretor-executivo da associação, Ricardo Santin. (Reuters)

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