Frutas e hortaliças estão mais caras em Minas Gerais

A menor oferta de alguns itens – devido à entressafra – aliada às condições climáticas, que interferiram na produção, provocaram alta nos preços das frutas e hortaliças na Central de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa Minas) – Belo Horizonte. Conforme o levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em abril, frente a março, a maior elevação entre as hortaliças aconteceu no preço da cenoura (18,42%), e, entre as frutas, no valor do mamão (35,94%). No mesmo período, somente a cotação da banana retraiu (-18,81%) – sempre considerando os itens pesquisados pela companhia.
De acordo com a gerente de produtos Hortigranjeiros da Conab, Juliana Torres, assim como em Minas Gerais, a cotação da cenoura subiu em todo o País, em abril, resultado de uma oferta menor do produto. “Com a queda dos envios a partir de Minas Gerais, principal abastecedor, ocorreu a natural pressão de demanda sobre as produções de outros estados. Como também não existia excedente, a maior demanda se traduziu em alta de preço”, explica.
Hortaliças mais caras
Conforme os dados do 5º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), o quilo da cenoura na Central de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa Minas) – Belo Horizonte, foi negociado, em média, a R$ 4,92. Isso resultou em alta de 18,42% frente a março. Nos primeiros dias de maio, a tendência foi de novas valorizações no preço, com alta de 4% na unidade.
Entre as hortaliças, o preço da cebola também encerrou abril com alta relevante, de 18,42% na comparação com o mês anterior. O valor do quilo ficou em R$ 6,83.
“A alta do preço da cebola é observado desde outubro. Santa Catarina é o maior fornecedor, mas teve uma oferta menor em 23%. Isso refletiu nos preços. A cebola importada tem atendido boa parte do mercado, segurando novas altas expressivas. Em abril, a oferta na unidade da Ceasa em Belo Horizonte caiu 15% sobre março”, diz.
Alta também no preço da alface. Em abril, o quilo da hortaliça subiu 11,84%, encerrando, então, o mês, com preço médio de R$ 13,24. Conforme Juliana Torres, a alta está atrelada ao clima.
“Os preços da alface subiram até meados do mês passado, resultado das chuvas que impactaram na produção, elevando, assim, os valores. A partir da segunda quinzena, as colheitas foram mais favoráveis. Para maio, a tendência é de redução dos preços e da demanda, uma vez que o consumo cai com as temperaturas menores”.
No caso do tomate, o preço subiu 11,12% se comparado a março. Desta maneira, o quilo chegou a R$ 4,66 na Ceasa Minas. “Em abril, apesar da oferta do tomate ter sido um pouco superior a março, ela não foi suficiente para que os preços caíssem”, cita a gerente.
No grupo das hortaliças, a batata foi a única do grupo que manteve a estabilidade nos preços. O quilo ficou em R$ 3,99, mostrando pequena variação positiva de 0,87% frente a março.
Como nas hortaliças, preço das frutas sobe com menor oferta
Assim como no grupo das hortaliças, na Ceasa Minas, os preços das frutas ficaram mais caros. Conforme dados da Conab, em abril na comparação com março, das cinco frutas pesquisadas, somente uma registrou queda nos preços.
O levantamento do Prohort mostrou que o quilo da banana, por exemplo, retraiu 18,8%. Assim, o preço médio de comercialização foi de R$ 4,06. “A queda no preço é resultado do aumento da oferta nacional, principalmente, do crescimento da oferta vinda do Norte de Minas, Vale do Ribeira (SP) e Norte Catarinense. Em abril, Janaúba, que é a principal produtora, registrou alta de 19% na oferta”, explicou Juliana Torres.
Já as demais frutas pesquisadas ficaram mais caras. A maior alta foi observada no preço do mamão. O quilo da fruta chegou a R$ 6,03, resultado, então, em um crescimento de 35,94%. “Houve queda da oferta nas zonas produtoras do Sudeste. Esse quadro só começou a ser amenizado no fim do mês, com a pequena elevação da oferta e da qualidade das frutas, explicou.
No caso da maçã, o valor do quilo chegou a R$ 7,75% em abril, superando em 6,1% a cotação de março. Conforme os dados da Conab, na Ceasa Minas, a melancia teve o valor reajustado em 4,64%, chegando a R$ 2,93 o quilo. Já o quilo da laranja, R$ 3,76, ficou estável, com pequena variação positiva de 0,1%.
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