Agronegócio

Genética em Campo vai levar melhoramento para as fazendas

Programa de melhoramento do gado é lançado pelo Inaes, do Sistema Faemg Senar, em parceria com startup Agro 10X
Genética em Campo vai levar melhoramento para as fazendas
Produtores tanto de corte como de leite devem buscar auxílio juntos aos sindicatos rurais; 1ª etapa já está em curso | Crédito: Reprodução / AdobeStock

Investir na melhoria genética é essencial para o desenvolvimento sustentável para a produção. Em Minas Gerais, o Sistema Faemg Senar, por meio do Instituto Antonio Ernesto de Salvo (Inaes), lançou o Programa de Aceleração do Melhoramento Genético Pecuário de Minas Gerais (Genética em Campo). Através das ações, pequenos e médios produtores participantes terão acesso a bois com melhoramento genético apurado. A medida visa aumentar a produtividade e a rentabilidade dos produtores. O programa será em parceria com a startup Agro10X.

Conforme o gerente executivo do Inaes, Bruno Rocha, o Genética em Campo é  voltado para o pequeno e médio produtor rural, que geralmente, não estão habituados a adquirirem genética de ponta. Normalmente, esses produtores utilizam reprodutores de boa qualidade, mas que não elevam os índices produtivos e reprodutivos ao potencial ideal.

“O programa permite que os pequenos e médios pecuaristas tenham acesso aos animais melhoradores de uma forma facilitada e orientada. Hoje, há uma dificuldade do pequeno produtor adentrar neste mercado, que está muito ligado aos leilões de genética”.

Ainda segundo Rocha, mesmo existindo os leilões de genética, o acesso do pequeno e médio causa receio. “São necessários processos como a escolha do animal, o que não é simples de ser feito sozinho. Há ainda um processo burocrático para aprovação de dados dentro da leiloeira, aprovação de crédito, fazer a compra dando lances. Então, o projeto dará esse amparo técnico e burocrático para que ele entre no mundo da genética e adquira um animal que melhore as crias na propriedade”.

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Genética é importante para a sustentabilidade financeira

A primeira etapa do projeto já está em curso. Os produtores tanto de corte como de leite interessados no melhoramento genético deverão buscar auxílio junto aos sindicatos rurais. Nesta etapa, serão 42 sindicatos selecionados e 50 técnicos que atuarão nas propriedades. A estimativa é atender, inicialmente, 1,5 mil produtores nesta etapa, que vai até junho.

Já no segundo semestre, o programa será estendido para os demais sindicatos – 360 -, atendendo, assim, mais 5,4 mil produtores. Ao todo, a estimativa é atender 8 mil produtores em 2024.

“Nós temos uma preocupação muito grande em levar sustentabilidade para o negócio do produtor. Se a gente consegue oferecer animais de alto padrão genético que vão elevar os índices produtivos, consequentemente, também os índices econômicos vão subir. Isso é o ideal e o que queremos com o projeto”, disse Rocha.

Diagnóstico

Conforme Rocha, os 50 consultores de negócios irão atuar junto aos pecuaristas, identificando as necessidades. Assim, será feito um diagnóstico e identificadas as fraquezas do rebanho. Também será indicado o que é necessário investir. 

“A partir disso, caso o produtor tenha interesse, será preenchido um formulário de diagnóstico e enviado ao nosso parceiro, que é a aceleradora Agro10X. Com o diagnóstico, o melhorista da Agro10X vai lapidar a demanda e identificar as melhores opções de bovinos no mercado que atenderão a demanda do produtor. É um trabalho muito personalizado”, explica.

A empresa também será a responsável por auxiliar o produtor rural junto às leiloeiras no cadastro para obtenção de crédito e também nos lances dos leilões.

“Durante todo o processo, não há custo para o produtor. Ele vai arcar somente com a compra do animal. No mercado, são muitas as opções de animais com excelente genética e preços acessíveis. Os animais custam entre R$ 12 mil a R$ 15 mil e, normalmente, o pagamento é dividido em 30 parcelas”, explicou. 

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