Agronegócio

Preços da banana e da alface caem mais de 20% em maio

Na Ceasa Minas,foram registradas quedas de preços também no tomate, na laranja e no mamão no mês de maio
Preços da banana e da alface caem mais de 20% em maio
Preço da alface retraiu 24, 56%; banana caiu mais (32,75%) | Crédito: Reprodução AdobeStock_

O clima mais favorável para o desenvolvimento da agricultura contribuiu para a queda de preços em importantes frutas e hortaliças, vendidas no atacado, ao longo de maio. Na Central de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa Minas), em Contagem, foram registradas quedas acima de 20% nos preços da banana, 32,75%, e da alface, cujo valor retraiu 24,56% no período. Após três meses de alta, o tomate registrou queda de 18,35% no valor; seguido pela laranja, 17,08%, e mamão,12,51%.

Apesar das retrações expressivas, no sentido contrário, houve elevação de 19,89% no preço do quilo da batata-inglesa. Os dados estão no 6º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Com o clima mais favorável, houve uma maior oferta de diversos itens, o que colaborou para a queda dos preços. 

Na Ceasa Minas, a maior queda de preços ocorreu na cotação da banana. O preço do quilo da fruta caiu 32,75%, chegando, então, a uma média de R$ 2,73 ao longo de maio. A queda foi a segunda maior entre as centrais pesquisadas. A retração de preço elevou em 10% a negociação da fruta no período.

Para a gerente de Produtos Hortigranjeiros da Conab, Juliana Torres,  o aumento da oferta da fruta em nível nacional promoveu a queda expressiva dos preços. A tendência é de valores mais baixos em junho também, devido à expectativa de novo aumento da produção de banana. 

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“Em maio, a variação negativa foi influenciada pelo aumento da oferta nacional de bananas, especialmente, da nanica, advinda do Vale do Ribeira, em São Paulo, do Norte de Minas, além de Santa Catarina. A banana prata também teve queda pela concorrência com a manica. Em junho, a tendência é a manutenção dos preços em patamares mais baixos, uma vez que é esperado aumento da produção a partir de junho”, explicou.

Ainda entre as frutas, houve queda expressiva também na cotação da laranja, com o quilo negociado a R$ 3,12, representando, então, um valor 17,08% menor. No caso do mamão, a retração foi de 12,51%, com o quilo vendido, em média, a R$ 5,28.

“Na laranja, no final de maio, os preços da fruta começaram a subir devido à estimativa de safra menor. Os estoques de suco estão baixos e a safra deve ser controlada para abastecer mercado interno e externo”.

Já o valor do quilo da maçã aumentou 7,58%, assim, em média, a fruta ficou em R$ 8,34. A melancia também registrou alta na cotação, 5,46% em maio, frente a abril. Portanto, o preço ficou em R$ 2,98 por quilo. 

Assim como na banana, preço da alface retraiu mais de 20%

Assim como na banana, importantes hortaliças também tiveram os preços reduzidos em mais de 10% ao longo de maio, se comparado com abril. Exemplo disso foi a cotação da alface. Na Ceasa Minas, o preço médio foi de R$ 9,99 o quilo, registrando, assim, uma diminuição de 24,56%. 

Conforme a Conab, a queda do valor da folhosa se deve à diminuição de consumo e de condições favoráveis à produção e colheita. Com as temperaturas mais amenas, a produção das folhosas, em especial a alface, se desenvolve melhor, também favorecendo a qualidade. No entanto, as temperaturas mais baixas influenciam em um menor consumo.

Queda também no preço do tomate. Após três meses de alta e preços em patamares bem elevados, o valor do quilo cedeu 18,35% chegando a uma média de R$ 3,80.

“Em maio, mesmo que oferta menor que em abril, o preço do tomate cedeu diante de quadro de preço bastante elevado. Ele vinha em alta desde fevereiro, com oferta menor e evolução constante de preço. A safra de inverno vem ganhando força e a oferta tende a elevar, pressionando, então os preços para baixo. É importante lembrar que com menores temperaturas,  com o frio chegando, a maturação fica mais lenta, dando possibilidade dos produtores controlarem a oferta, podendo ser um fator de alta de preços”, explicou o analista da Conab, Aníbal Fontes.

No caso da cebola, o quilo chegou a R$ 6,15, representando, assim, uma queda de 9,88%.

Entre as altas, destaque para o preço da cenoura, que subiu 8,8%, e chegou a R$ 5,35 o quilo. A batata foi reajustada em 19,89%, elevando, então, o preço do quilo para R$ 4,78. Conforme a Conab, neste último produto, os preços subiram pela oferta insuficiente do tubérculo para atender a demanda. Além do período de entressafra, houve perdas na produção do Rio Grande do Sul

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