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Pesquisa traça perfil do empreendedorismo no Brasil pós-pandemia

Pesquisa traça perfil do empreendedorismo no Brasil pós-pandemia
Crédito: Freepik

Não é novidade que a pandemia mudou drasticamente a economia brasileira e muitas pessoas que antes tinham empregos com carteira assinada viram-se obrigadas a encontrar novos caminhos abrindo o seu próprio negócio. Não por acaso, em 2020, o Ministério da Economia registrou a abertura de 2,6 milhões de Micro e Pequenas Empresas (MPEs) – um salto de 12,6% em relação ao ano anterior. Da mesma forma, a Federação Brasileira de Bancos apontou que os MEIs (Microempreendedores Individuais) abriram 10% das contas pessoa jurídica do país no mesmo período.

De tratamentos de beleza a restaurantes, e de marmitas congeladas ao varejo de roupas, o perfil de quem empreende no Brasil é tão diversificado quanto o próprio país. O fator comum que une esses grupos é a relevância que possuem para o mercado nacional: no ano passado, as MPEs responderam por 30% de tudo que foi produzido no país e foram responsáveis por 55% dos empregos gerados, de acordo com o Ministério da Economia.

Com a formalização das novas atividades, veio a necessidade de começar a organizar as finanças pessoais e empresariais. Contudo, os pequenos empreendedores possuem necessidades financeiras específicas, que nem todo banco está pronto para atender.

Com o objetivo de entender as dores, os desafios e os anseios desse público durante e para um período pós-pandêmico, a Juno – fintech com mais de 20 anos de mercado, focada em oferecer soluções de conta digital e meios de pagamento -, realizou uma pesquisa com 400 pessoas, incluindo clientes e não-clientes da empresa. Dentre os achados, destacam-se o uso intenso do Pix, a busca por contas digitais para a gestão financeira, bem como a importância das redes sociais para a promoção dos negócios.

Empreendendo com a tecnologia

Se antes já eram de enorme relevância, as tecnologias e os recursos digitais deixaram o posto de tendência e tornaram-se praticamente obrigatórios para todos os empreendimentos, inclusive para os de pequeno porte. Para estes, em especial, o celular tornou-se a principal ferramenta de gestão e divulgação de negócios.

Segundo a pesquisa da Juno, 60% dos entrevistados afirmaram ter começado seus serviços em meios digitais e, nesse cenário, as redes sociais tiveram grande destaque para atrair novos consumidores e para a manutenção do relacionamento com quem compra: “Hoje em dia o Instagram virou a vitrine de uma loja online”, declarou uma das entrevistadas, sobre a importância das redes para o seu negócio. Para as MPEs abertas durante a pandemia, o WhatsApp foi o principal canal (83%) utilizado pelos entrevistados para vender e atender clientes, seguido pelo Instagram (58%), aponta o estudo.

Dominar as melhores ferramentas e estratégias para os negócios é uma das principais barreiras a serem vencidas por quem está começando a empreender. Contudo, ainda que o conhecimento técnico seja um grande desafio e a atual crise não permita gastos excessivos, muitas empresas estão interessadas em se desenvolver cada vez mais: a pesquisa revelou que 33% das MPEs abertas durante a pandemia investiram ou pretendem investir em algum curso ou consultoria focados em gestão, ao passo que 83% contrataram ou pretendem investir em serviços de marketing digital para veicular anúncios nas redes sociais e alavancar as vendas.

Contas digitais e o uso massivo do Pix

Da mesma forma, ainda que velhos hábitos como o uso do famoso caderninho para o controle das finanças ainda estejam muito presentes, a busca por soluções novas e menos burocratizadas é uma necessidade para esses empreendedores. Fatores como taxas muito elevadas, atendimento demorado, problemas para emissão de boletos bancários e frustrações ao usar o aplicativo para smartphone foram os principais motivos de insatisfação elencados pelos entrevistados em relação aos bancos tradicionais.

Apenas em 2020, foram abertas cerca de 7,4 milhões de contas digitais no Brasil, de acordo com o levantamento de Tecnologia Bancária da Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN). Assim, elas ganham uma fatia relevante neste cenário, justamente por apresentarem uma solução menos engessada e mais em conta, visto que não cobram tarifas mensais por uma cesta de produtos.

O que diferencia as contas tradicionais das contas digitais, como a ofertada pela Juno, é que todas as suas operações e movimentações acontecem de forma virtual, sem o intermédio de uma agência bancária ou caixa eletrônico. Basta instalar o aplicativo da instituição no smartphone, fazer o cadastro, verificar os documentos necessários e começar a operar.

Neste sentido, o Pix também apareceu como destaque no estudo. Com cerca de 10 meses de funcionamento, o sistema de pagamentos instantâneo do Banco Central caiu como uma mão na roda para facilitar e eliminar os custos das transações, especialmente em um período de isolamento social. Segundo André Carrera, Diretor de Produto da Juno, “o Pix foi um achado no meio da pandemia. Muitas MPEs tinham maquininhas e outros métodos que não podiam mais utilizar. Com o Pix, houve a democratização de produtos bancários no país e, junto com os bancos digitais, trouxe uma facilidade operacional essencial para o atual momento.”.

As MPEs pensam diferente e moldam o mercado

O tripé que parece sustentar as MPEs, segundo o estudo, é composto pelas redes sociais (com as estratégias de marketing digital), produtos financeiros como o Pix, e as contas digitais. Tais fatores estão traçando um novo horizonte – cada vez mais digital, ágil e com custos menores para o bolso dos pequenos empreendedores.

A pesquisa aponta para uma nova realidade da economia do país, na qual a ampliação do grupo de pequenos e médios empreendedores exige novas soluções financeiras. Diante dessas mudanças, empresas como a própria Juno estão reformulando-se para oferecer novos produtos e serviços que possam atender melhor os empreendedores, e que se adequem às necessidades próprias desse público para desenvolverem os seus negócios.

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