A nova era do engajamento

14 de setembro de 2018 às 0h01

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RAFAEL CARVALHO*

O engajamento é algo que pode ser definido como o desejo de permanecer na empresa no futuro, com vontade de fazer o melhor e realizar entregas acima do esperado. É basicamente caracterizado pela energia, dedicação e concentração no trabalho.

Porém, a cada ano que passa, engajar a equipe de trabalho se torna uma das tarefas mais desafiadoras para os gestores. Muito por conta da entrada da geração Millennials no mercado de trabalho, que exige do empregador novas formas de encantar e extrair o melhor desses profissionais.

Uma pesquisa realizada pela consultoria Trendsity com jovens entre 18 e 27 anos apontou que 64% deles consideram a sua geração mais exigente e difícil de satisfazer. E não é algo para se duvidar. Estamos falando de uma era de pessoas hiperconectadas, que são bombardeadas a todo momento por novidades e informações.

Os profissionais querem líderes inspiradores que proporcionem oportunidades, ao contrário de chefes que tolhem a criatividade. Desejam que o emprego tenha propósito e não estrague seu bem-estar. Também se decepcionam rapidamente com as burocracias usuais de um emprego formal.

O resultado desse cenário? Uma nova pesquisa do instituto Gallup revelou que 51% da força de trabalho americana está em busca de novas oportunidades. Ou seja, mais da metade das pessoas estão em busca não apenas de um emprego, mas de uma carreira e de crescimento profissional. Sim, o desafio pela frente é enorme, e o gestor que não se der conta dessas mudanças vai perder bons profissionais ou ter uma equipe desmotivada.

Então, por onde começar? No caso de recém-chegados, uma primeira resposta traz algo essencial: saiba recepcionar os novos membros do time. Isto não significa apenas recebê-los com um sorriso no rosto e uma boa xícara de café. É preciso criar mecanismos para mostrar como o trabalho deles é valioso e como podem construir uma carreira dentro da organização.

Na verdade, o segredo é não limitar as tarefas à formação de cada um. Os gestores precisam ajudar a sua equipe a oferecer o que eles fazem de melhor, mas focando nas habilidades naturais: o funcionário é bom em lidar com pessoas? É analítico ou tem habilidade para coordenação de equipes? Quando as expectativas iniciais são atendidas, as pessoas estão mais aptas a se engajar pela empresa.

Outro grande motivo pelo qual as pessoas mudam de emprego é salário. Mais uma vez, a tecnologia oferece uma infinidade de oportunidades que forçam as empresas a serem mais competitivas se quiserem manter as pessoas mais talentosas. Mas uma coisa é certa: o salário só é usado como pretexto se as pessoas não se sentem realizadas no trabalho que realizam. Por isso, além de contar com uma política atrativa de remuneração, engajar os colaboradores e valorizar seus diferenciais pode ser uma carta na manga para retê-los com mais eficiência.

Essas são ideias iniciais e, portanto, vale destacar que também é importante a implantação de um planejamento voltado para o engajamento constante dos empregados. Se ainda não possui um, busque apoio da alta liderança, mensure o engajamento atual e, somente então, proponha suas ações.

Por fim, tenha em mente um ponto muito importante: as ações de engajamento devem estar sempre atreladas às metas organizacionais. Caso contrário, você estará promovendo apenas conforto e não uma equipe motivada. E isso será frustrante, inclusive para esta nova geração hiperconectada.

* Superintendente da Amcham Belo Horizonte

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