Economia

Alimentação fora de casa ficou mais cara para trabalhador de Belo Horizonte

Até o tradicional cafézinho com pão de queijo tem pesado no bolso dos consumidores do início do ano pra cá
Alimentação fora de casa ficou mais cara para trabalhador de Belo Horizonte
Foto: Reprodução Adobe Stock

Na correria do dia a dia, muitos trabalhadores acabam recorrendo à alimentação fora de casa e, ao invés de fazer uma refeição completa como o almoço ou o jantar, buscam por um lanche como opção. Mesmo assim, até as refeições mais simples e rápidas têm pesado no bolso dos belo-horizontinos do início do ano para cá.

Neste mês, o tradicional pãozinho de queijo, por exemplo, está custando 20% a mais do que em janeiro em várias padarias em Belo Horizonte, segundo informações apuradas pelo Mercado Mineiro.

Considerando os hábitos alimentares dos consumidores entre os dias 22 e 24 de julho, estima-se que o custo para tomar um café ou um lanche básico e almoçar em restaurantes ao longo de 24 dias no mês seja de aproximadamente R$ 1.042,56.

Nos restaurantes pela capital mineira, o valor do quilo de uma refeição, que em janeiro custava aproximadamente R$ 62,24, agora custa R$ 67,14, representando um aumento de 2,91%. Já para quem faz a escolha de um marmitex, a opção também sofreu reajuste no preço. Segundo os dados divulgados, a quentinha que custava, em média, R$ 23,07 passou a ser vendida por R$ 23,57, ou seja, uma alta de 2,18% nos últimos sete meses.

“Hoje, normalmente, a maioria dos trabalhadores têm muita dificuldade de almoçar fora de casa apenas com o valor de vale-refeição. Então, a opção ou é complementar o saldo com dinheiro ou trazer de casa algum complemento como legumes, arroz, feijão, porque tem pesado muito ao bolso”, ressalta o administrador do Mercado Mineiro, Feliciano Abreu.

Segundo ele, levar uma marmitinha com complementos para o ambiente de trabalho tem sido uma cena frequente em muitas empresas mineiras. “A gente nota isso com frequência e, no final das contas, a pessoa tem que complementar o vale-refeição porque o valor é fixo e o dinheiro acaba sendo gasto em 15 dias, levando o consumidor a ter que se virar com os restantes dos dias do mês. Isso dificulta o consumo diário devido à inflação”, afirma o especialista.

Trabalhadores da Capital recorrer a “marmitinhas” com complementos para o almoço | Crédito: Adobe Stock

Confira os preços para comer fora de casa em BH

  • o pão com manteiga passou de R$ 2,46 para R$ 2,71, um aumento de 10%;
  • o preço do pingado aumentou 6,75%, de R$ 1,79 para R$ 1,91;
  • o café, que custava em média R$ 1,52, agora está em R$ 1,62, um aumento de 6,32%;
  • o café com leite teve um aumento menor, passando de R$ 2,31 para R$ 2,40, uma variação de 3,72%;
  • e o Refrigerante em lata teve uma leve alta, subindo de R$ 5,43 para R$ 5,54, um aumento de 2%.

Segundo o levantamento do Mercado Mineiro, as variações de preços nos estabelecimentos são significativas, e os consumidores precisam estar cientes dessas diferenças ao escolher onde comer:

  • o cafezinho nas padarias pode variar de R$ 1,50 a R$ 2,20, uma diferença de 46%;
  • o preço do café com leite oscila entre R$ 1,90 e R$ 4,00, uma variação de 110%;
  • o pão com manteiga pode ser encontrado entre R$ 2,50 e R$ 3,00, com uma diferença de 20%;
  • o preço do pão de queijo varia de R$ 3,00 a R$ 6,90, representando uma diferença de 130%;
  • o quilo do pão de sal pode custar entre R$ 16,98 e R$ 29,40, uma diferença de 73%;
  • o quilo do pão doce varia de R$ 17,90 a R$ 52,00, uma diferença de 190%.

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