Economia

Alta dos alimentos e da educação alavanca IPCA-15 na RMBH

O maior impacto individual veio da batata-inglesa, que teve o preço reajustado em 29,58%
Atualizado em 3 de março de 2024 • 13:15
Alta dos alimentos e da educação alavanca IPCA-15 na RMBH
Crédito: Adobe Stock

Em fevereiro, o aumento dos preços dos alimentos e da educação, principalmente dos cursos regulares, provocou alta na inflação na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). No mês, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação, subiu 1,02%. A variação foi a segunda maior no País, ficando atrás somente de Goiânia, onde o índice aumentou 1,07%. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O aumento da inflação ocorreu, principalmente, pelo encarecimento dos alimentos e do grupo de educação. O maior impacto individual veio da batata-inglesa, que teve o preço reajustado em 29,58%.

Com o resultado de fevereiro, no primeiro bimestre, o IPCA-15 da RMBH acumula alta de 1,91% e, nos últimos 12 meses de 5,19%, o maior na média do País.

A inflação na RMBH está acima do nível nacional. Conforme os dados do IBGE, no País, a elevação mensal foi de 0,78%. Considerando os últimos 12 meses, houve um aumento de 4,49% e no primeiro bimestre, uma alta de 1,09%.

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Educação e alimentação puxam inflação na RMBH

Conforme os dados do IBGE, na RMBH, sete grupos apresentaram inflação. As maiores altas foram nos grupos de educação (5,54%) e alimentação e bebidas (1,85%). Na educação, os cursos regulares subiram 6,83%, em média. Assim, os destaques foram os aumentos do ensino fundamental (8,09%), ensino médio (7,64%), pré-escola (7,18%) e ensino superior (6,08%).

Os dados do IBGE mostram ainda que o grupo de alimentação e bebidas, cuja alta foi de 1,85%, impactou o índice geral de fevereiro em 0,41 ponto percentual (p.p.). A alta de 29,5% no valor da batata-inglesa fez com que o produto registrasse o maior impacto individual positivo no IPCA da RMBH.

O aumento da inflação também foi puxado pelos reajustes nos preços da manga (39,68%), da cenoura (35,31%), da laranja-pêra (11%), do tomate (7,54%), do arroz (6,83%) e do leite longa vida (2,16%).

No grupo de comunicação houve incremento de 1,54%. O resultado foi influenciado pelas altas da TV por assinatura (4,02%), do combo de telefonia, internet e TV por assinatura (3,29%) e aparelho telefônico (2,40%).

Conforme o IBGE, em artigos de residência e no grupo de despesas pessoais as altas ficaram em 0,83% e 0,80%, respectivamente. Em seguida, vieram os grupos de saúde e cuidados pessoais, com aumento de 0,73%, e habitação (0,64%).

No grupo de habitação a alta foi puxada pelo encarecimento da taxa de água e esgoto, que subiu 3,06%, decorrente do reajuste de 4,21%, a partir de 1º de janeiro, e o aluguel residencial, que subiu 0,62%,

Transporte e vestuário 

Por outro lado, dois grupos apresentaram deflação. Em vestuário a queda foi de 0,88% e em transportes  de 0,12%.

No grupo de transportes, a deflação foi influenciada, principalmente, pelas quedas nas passagens aéreas (19,25%), no seguro voluntário de veículo (3,34%) e na gasolina (0,40%). Conforme o IBGE, do lado das altas, os destaques no grupo foram para o ônibus urbano, com elevação de 6,71% no preço, decorrente do reajuste médio de 16,67%, para o conserto de automóvel (2,09%) e para o automóvel novo (1,14%).

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