Aluguel comercial de BH sobe acima da média nacional, mas segue como o mais barato do Brasil

O preço médio do aluguel de imóveis comerciais em Belo Horizonte subiu 8,47% em 2024, fechando o ano a R$ 33,66 por metro quadrado (m²). Conforme os dados do Índice FipeZap de Venda e Locação Comercial, essa é a maior variação anual já registrada na capital mineira, desde o início da série histórica em 2014.
Além disso, este é o quarto ano consecutivo com o indicador em crescimento na cidade. Já na comparação mensal, a capital mineira registrou um avanço de 0,64% frente ao registrado em novembro do ano passado.
Mesmo com esses resultados de alta nos preços dos aluguéis, Belo Horizonte apresentou o menor valor entre as dez cidades analisadas pelo levantamento da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), realizado com base em anúncios veiculados nos portais Zap Imóveis e Viva Real.
A taxa de lucratividade de um imóvel comercial na Capital ao longo do tempo (rental yield) fechou o ano em alta de 0,52% ao mês (a.m.) e de 6,24% ao ano (a.a.). Esse é o segundo mais baixo do estudo entre as capitais, superando apenas a taxa registrada em Curitiba (5,77% a.a.).
O conteúdo continua após o "Você pode gostar".
Dentre as zonas, distritos e bairros mais representativos no índice de locação, o destaque fica para a Savassi, na região Centro-Sul, com preço médio de R$ 45,32/m² e uma variação positiva de 18,3% no acumulado do ano. A região Centro-Sul de Belo Horizonte reúne oito dos dez bairros com os alugueis mais caros.
Veja os 10 bairros com os aluguéis comerciais mais caros de Belo Horizonte em 2024:
- Savassi (R$ 45,32/m²):
- Santo Agostinho (R$ 37,80/m²);
- Funcionários (R$ 36,66/m²);
- Lourdes (R$ 32,56/m²);
- Santo Antônio (R$ 30,80/m²);
- Santa Efigênia (R$ 29,35/m²);
- Serra (R$ 28,63/m²);
- Prado (R$ 28,24/m²);
- Barro Preto (R$ 25,91/m²);
- Centro (R$ 20,24/m²).

Valor de venda dos imóveis comerciais cai em Belo Horizonte
O Índice FipeZap também aponta para uma queda de 2,04% no preço médio de venda dos imóveis comerciais em Belo Horizonte, no acumulado de 2024. Este é o sétimo ano consecutivo de queda na variação anual. O valor praticado fechou em R$ 6.196/m², o que representa um recuo de 0,22% frente ao registrado em novembro.
O valor médio de venda na capital mineira é o segundo mais baixo entre as cidades analisadas no levantamento, ficando acima apenas de Salvador, que encerrou o ano com R$ 5.328/m².
Os bairros Santo Agostinho, na região Centro-Sul, e Prado, na região Oeste da Capital, apresentaram os valores mais elevados de Belo Horizonte, com médias de R$ 8.548/m² e R$ 8.404/m², respectivamente. Assim como no indicador de locação, a região Centro-Sul também conta com oito dos dez bairros com os imóveis comerciais mais caros da cidade.
Veja também os 10 bairros com os imóveis comerciais mais caros de Belo Horizonte em 2024:
- Santo Agostinho (R$ 8.548/m²);
- Prado (R$ 8.404/m²);
- Funcionários (R$ 7.536/m²);
- Savassi (R$ 7.477/m²);
- Serra (R$ 7.348/m²);
- Lourdes (6.971/m²);
- Barro Preto (R$ 6.445/m²);
- Santa Efigênia (R$ 6.000/m²);
- Santo Antônio (R$ 5.976/m²);
- Centro (R$ 3.006/m²).
Cenário nacional
O preço médio da locação comercial no Brasil fechou o último ano com alta de 7,88%. Esse é o quarto ano consecutivo em que o indicador fechou com variação positiva, sendo a maior da série histórica, iniciada em 2013. O valor médio ficou em R$ 45,53/m².
Quanto à variação mensal, o levantamento aponta para um avanço de 0,23% na comparação com o registrado em novembro. O rental yield nacional encerrou o ano em alta de 6,7% a.a..
Já o valor de venda deste tipo de imóvel fechou o ano a R$ 8.421/m². Isso representa um avanço de 0,16% frente ao observado em novembro e uma variação positiva de 0,4% ao longo de 2024. Esse é o primeiro avanço no acumulado do ano desde 2014, quando o indicador apresentou alta de 1,89%.
Apesar da variação positiva, o índice de de venda não superou os resultados apresentados pelos dois principais indicadores de inflação do País, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
No caso do IPCA, o indicador apresentou uma variação positiva de 4,83% no acumulado do ano e de 0,52% na comparação entre os meses de dezembro e novembro de 2024. Já o IGP-M registrou alta de 6,54% ao longo do ano passado e de 0,94% na comparação mensal.
Ouça a rádio de Minas