Economia

Apex Brasil deve ajudar na atração de 24 projetos neste ano

Apex Brasil deve ajudar na atração de 24 projetos neste ano
Maria Luisa Wittenberg destaca as ações diversificadas da agência para promover o Brasil | Crédito: Divulgação/Apex

Apenas em 2021 a Agência Brasileira de Promoção e Exportações (Apex Brasil) prevê facilitar mais de 24 projetos e prospectar pelo menos 130 novos investidores para o País. Cerca de 10% deste total serão efetivamente anunciados e tirados do papel daqui dois ou três anos.

É assim que funciona o trabalho de promoção dos produtos e serviços brasileiros no mercado internacional e atração de investimentos estrangeiros para setores estratégicos da economia brasileira. É um trabalho minucioso e de longo prazo.

Quem explica é a coordenadora de Investimentos da agência, Maria Luisa Cravo Wittenberg. Segundo ela, os números foram estabelecidos há dois anos, uma vez que o planejamento estratégico é feito para toda a gestão que, neste caso, se encerra em 2023.

“Realizamos ações diversificadas de promoção comercial, como missões prospectivas e comerciais, rodadas de negócios, apoio à participação de empresas brasileiras em grandes feiras internacionais, visitas de compradores estrangeiros e formadores de opinião para conhecer a estrutura produtiva brasileira entre outras plataformas de negócios que também têm por objetivo fortalecer a marca Brasil”, diz.

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A agência também atua de forma coordenada com atores públicos e privados para atração de investimentos estrangeiros diretos (IED) para o Brasil com foco em setores estratégicos para o desenvolvimento da competitividade das empresas brasileiras e do País.

Apenas em 2020, foram anunciados US$ 5,3 bilhões por meio de 32 projetos apoiados pela Apex. Foram, ao todo, 71 ações diferentes durante o exercício, mesmo com o cenário adverso da pandemia, com foco especialmente em webnars e pitchs, em que foram prospectados e atendidos 199 investidores estrangeiros.

Os números foram melhores que os de 2019, quando foram anunciados US$ 1,9 bilhão em 78 ações que facilitaram 274 projetos. Segundo a coordenadora, a diferença se deve, entre outros motivos, ao fato de terem sido atraídos projetos menores e não ter havido tantos leilões de infraestrutura.

“Antes da pandemia, os projetos greenfield (feitos do zero) tinham maior relevância. Mas vinham diminuindo e foram exacerbados no último ano. As empresas estão buscando um modo de entrada diferenciado, por meio de parcerias e investimentos estrangeiros de valores menores. E como existe uma dificuldade em identificar essas oportunidades, a Apex tem atuado nesta interlocução”, justifica.

Na prática, conforme Maria Luisa Cravo, a promoção por meio da Apex ocorre junto aos setores de maior competitividade. Entre os principais, ela cita: aeroespacial, agronegócio, automotivo, saúde, infraestrutura, petróleo e gás e energia renovável.

Além de um programa especial em parceria com a Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP), em que a agência apoia um conjunto de iniciativas, que visam conectar investidores internacionais com gestores locais para promover o aumento de investimentos estrangeiros na indústria de Private Equity e Venture Capital. “Para cada um desses setores atuamos com uma rede ampla de parceiros no âmbito do governo e no setor privado, seja por meio de associações ou empresas que fazem parte de um portfólio de quem busca capital ou parcerias”, conta.

Minas – Não há dados regionalizados, mas um investimento recentemente anunciado para Minas Gerais que teve participação ativa da Apex Brasil diz respeito à Bravo Motors Company, que, com investimentos de R$ 25 bilhões nos próximos nove anos, vai instalar uma fábrica de veículos elétricos e packs de baterias na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). As obras estão previstas para o segundo semestre e as operações a partir de 2023. 

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