Economia

Assembleia aprova suspensão de contrato de parte dos trabalhadores da Fiat Betim

Lay-off pode suspender até 6,5 mil profissionais da Fiat Betim
Assembleia aprova suspensão de contrato de parte dos trabalhadores da Fiat Betim
Alex Custodio, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Betim e Região | Crédito: Divulgação/Sindicato dos Metalúrgicos e Metalúrgicas de Betim e Região

A proposta elaborada pelo Sindicato dos Metalúrgicos e Metalúrgicas de Betim e Região e a Stellantis (Fiat Betim), que implementa o Programa de Proteção ao Emprego e Renda com Qualificação Profissional (lay-off), foi aprovada por 98,09% dos votos dos trabalhadores da montadora.

A assembleia virtual, que ocorreu na última quinta-feira (23), contou com cerca de 9 mil votos. A concessão de lay-off a uma parte dos trabalhadores da empresa, que pode chegar até 6,5 mil profissionais, ocorre devido ao agravamento da escassez global de insumos, principalmente de componentes eletrônicos. A escassez vem comprometendo o ritmo e o volume de produção na Fiat.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Alex Custodio, a aprovação da proposta é importante já que o programa tem o objetivo de preservar o emprego.

“Com a proposta conseguimos preservar todos os benefícios dos trabalhadores e trabalhadoras, minimizando ao máximo as perdas na remuneração e garantindo a integralidade do 13º salário, férias, PLR 2021, reajustes salariais e demais benefícios”, explicou Custodio.

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O profissional que concordar em aderir ao programa ficará afastado por um período que varia de dois, três ou quatro meses. Está garantida a estabilidade pelo mesmo período do afastamento, após o retorno. O funcionário também não poderá ser convocado novamente pelo período de 16 meses.

Em relação aos salários, a remuneração, somando o subsídio do governo (Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, do Ministério da Economia) e ajuda compensatória da empresa, terão perdas máximas de 15%.

Os salários até R$3.500 terão garantia de 100% do valor líquido. Remunerações entre R$ 3.500,01 a R$ 6.988,30 terão garantia de 95% do salário líquido. Já os salários entre R$ 6.988,31 até R$10.800 terão garantia de 90% do salário líquido. Nos salários acima de R$ 10.800, o trabalhador receberá 85% do valor líquido.

O acordo começa a valer a partir de 1º de outubro e vai até 30 de setembro de 2022. A suspensão dos contratos será feita de forma gradual. A primeira turma sairá em outubro. Para estes, a empresa deve comunicar com antecedência mínima de 7 dias.

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