Economia

Em quais bairros de BH o aluguel mais valorizou no último ano? Veja ranking

Os bairros Jaqueline, Havaí e Santo Agostinho lideraram o ranking; entenda por quê
Em quais bairros de BH o aluguel mais valorizou no último ano? Veja ranking
Foto: Diário do Comércio/Ana Carolina Dias

Os bairros Jaqueline, Havaí e Santo Agostinho lideraram o ranking de aluguel com maior valorização no último ano em Belo Horizonte, com as três localidades registrando um aumento superior a 28% no preço do aluguel no período. Enquanto isso, a média da alta na Capital mineira nos últimos 12 meses foi da ordem de 14%. Os dados são do levantamento Índice de Aluguel QuintoAndar Imovelweb.

De acordo com o gerente de Dados do Grupo QuintoAndar, Thiago Reis, o mercado imobiliário em Belo Horizonte vive um cenário de estabilização dos preços.

“O valor do aluguel em BH continua a subir, mas não de forma acelerada como no ano passado. Em dezembro de 2023, a alta acumulada em 1 ano na capital mineira era de 22,88%. Já no mês passado (outubro), essa alta ficou em 13,96% – um patamar ainda elevado, mas constante. Isso porque esse percentual, desde março, tem variado de 12% a 14%. Ou seja, houve um processo de desaceleração intenso no início de 2024″, avaliou.

Essa valorização do aluguel não aconteceu apenas em BH, explicou Reis. “Outras capitais do País também tiveram um aumento expressivo dos aluguéis em 2023, desde o período de pandemia. Em parte, pela recuperação dos valores durante a crise sanitária, em parte pela alta demanda em localidades próximas de polos de emprego e de acesso facilitado ao transporte público – por conta da volta massiva ao regime presencial. O que se vê recentemente é uma espécie de acomodação dos valores”, destacou.

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Quais as particularidades dos bairros que lideram o ranking em BH?

Veja a avaliação do gerente de Dados do Grupo QuintoAndar, Thiago Reis, sobre os três bairros que tiveram maior valorização do aluguel no último ano em BH:

Jaqueline – “Tem se tornado uma das localidades mais desejadas da região Norte da cidade. O fato de ter o 3º metro quadrado mais barato (entre os 34 bairros pesquisados pelo indicador) faz com que apresente um custo de vida bastante atrativo para diferentes perfis, como estudantes, famílias e profissionais que buscam uma opção mais econômica”.

Havaí – “É um bairro que consegue equilibrar o clima residencial com a facilidade de ter por perto serviços que tornam o dia a dia dos moradores muito mais prático, sem falar nas ruas arborizadas e nas praças. Além disso, o metro quadrado está exatamente na média da cidade”.

Santo Agostinho – “Neste caso, a localização conta muito. Trata-se de um bairro de classe média alta, com muitos imóveis novos e de alto padrão. É um bairro com uma infraestrutura completa de comércio, lazer e serviços. Tem um preço mais alto, porém um pouco mais acessível que o vizinho Lourdes e que a Savassi. A demanda alta justifica essa expressiva valorização no último ano.”

Veja o ranking dos 10 bairros com mais valorização no aluguel nos últimos 12 meses em BH

  1. Jaqueline – 37,2%
  2. Havaí – 34,6%
  3. Santo Agostinho – 28,2%
  4. Centro – 23,9%
  5. Padre Eustáquio – 23,4%
  6. Sion – 21,5%
  7. Gutierrez – 20%
  8. São João Batista – 17,8%
  9. Piratininga – 17,4%
  10. Cruzeiro – 16,4%

Aluguéis em outubro em BH

O preço médio do metro quadrado do aluguel em BH chegou a R$ 37,6 em outubro. Nos últimos 12 meses, apenas 4 dos 34 bairros monitorados pelo indicador na capital mineira apresentaram desvalorização.

Saiba quais bairros desvalorizaram nos últimos 12 meses e seus percentuais:

  • Anchieta: -5%
  • São Pedro: -2,4%
  • Serra: -2,4%
  • Heliópolis: -0,6%

“O que chama a atenção, porém, são os apartamentos menores, de 1 dormitório. Nos últimos dois meses, o preço desse tipo de imóvel caiu na cidade. O valor, que tinha ultrapassado os R$ 54 por metro quadrado, voltou à casa dos R$ 53. Foram ligeiras quedas, de menos de 0,5%, mas que indicam uma mudança. Será preciso agora acompanhar o movimento do mercado de aluguel em BH nesses últimos meses do ano para entender se há uma consolidação desse quadro e como se comportará o preço até a alta temporada, de janeiro a março”, considerou o gerente.

Para os inquilinos, a boa notícia é que os descontos nas negociações estão em um patamar maior que o dos últimos meses: 3,2%. “Em relação a setembro, houve um aumento de 0,6 ponto percentual nesse dado. Isso mostra que ainda há espaço para barganhar e tentar chegar a um valor que caiba no bolso”, considerou Thiago Reis.

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