Balança comercial de Minas Gerais registra superávit de US$ 4 bilhões

A balança comercial de Minas Gerais encerrou o primeiro bimestre de 2024 com superávit de US$ 4 bilhões. Conforme os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), o resultado ficou 33,6% acima do registrado em igual intervalo de 2023, representando, assim, US$ 1,02 bilhão a mais. Ao longo dos dois primeiros meses de 2024, os destaques foram os faturamentos do minério de ferro, com alta expressiva de 62,4%, e do café, cujo valor subiu 18% quando comparado com o mesmo intervalo de 2023.
Nos dois primeiros meses de 2024, as exportações de Minas Gerais somaram US$ 6,3 bilhões, representando, então, quase 13,41% do total nacional. Na comparação com as remessas ao exterior no primeiro bimestre de 2023, que somaram US$ 5,3 bilhões, houve elevação de 20,8% ou de US$ 1,09 bilhão a mais. O resultado foi importante para a geração do saldo na balança comercial.
No mesmo período, as importações realizadas pelo Estado tiveram crescimento de 3,3%, somando, assim, US$ 2,4 bilhões ante os US$ 2,2 bilhões no primeiro bimestre de 2023. Nas importações, a participação do Estado no montante nacional foi de 6,14%.
Conforme os dados do Mdic, a corrente comercial, que é a soma das exportações e importações, também avançou no primeiro bimestre. No período, o cálculo chegou a US$ 8,7 bilhões, elevação de 15,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando foi registrada uma corrente de US$ 7,6 bilhões.
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Considerando apenas os resultados de fevereiro, o saldo da balança comercial ficou em US$ 2 bilhões, uma variação absoluta de US$ 640 milhões frente a fevereiro de 2023. O resultado veio do incremento de 26,1% nas exportações, que somaram US$ 3,1 bilhões. No mesmo período, as importações, US$ 1,12 bilhão, cresceram apenas 0,8%.
Exportações de Minas Gerais têm como principal destino a China
Entre os parceiros comerciais, os embarques feitos por Minas Gerais tiveram, mais uma vez, como principal destino, a China. Segundo o Mdic, nos dois primeiros meses do ano, as exportações para o país asiático somaram US$ 2,5 bilhões. O valor ficou 44,4% maior, com variação absoluta de mais de US$ 770 milhões. A participação da China nas exportações do Estado ficou em 39%.
Em segundo lugar, ficaram os Estados Unidos, com um faturamento de US$ 676 milhões, resultando, então, em uma alta de 14,8%. O país responde por 11% das exportações mineiras. A comercialização com a Argentina movimentou US$ 233 milhões, valor 21,4% menor. O país vizinho representou 3,7% das exportações feitas por Minas.
Principais produtos
Entre janeiro e fevereiro, a pauta exportadora de Minas Gerais foi expressiva no resultado financeiro da comercialização de minério de ferro, produto que é o mais exportado.
Conforme o Mdic, no período, os embarques de minério de ferro movimentaram US$ 2,5 bilhões, aumento de 62,4% ou de US$ 952 milhões a mais frente ao primeiro bimestre de 2023. O produto respondeu por 39% dos embarques mineiros. Ao todo, foram 26,7 milhões de toneladas exportadas, variação positiva de 39,6%.
O segundo produto mais exportado foi o café. Ao todo, os embarques movimentaram US$ 1,12 bilhão, valor que subiu 28,8% frente ao registrado em igual intervalo de 2023. Com o resultado, o café respondeu por 18% das exportações de Minas. Foram destinadas ao mercado externo 316 mil toneladas do produto, 30,24% maior.
Logo em seguida e respondendo por 8,1% das exportações mineiras veio o ferro-gusa, spiegel, ferro-esponja, grânulos e pó de ferro ou aço e ferro-ligas. Neste grupo, houve retração de 1,8% no valor exportado. Foram US$ 520 milhões em exportações.
Conforme o Mdic, os embarques de melaços e açúcares cresceram 94,6%, encerrando o primeiro bimestre com uma receita de US$ 331 milhões.
Os embarques de ouro, não monetário (excluindo minérios de ouro e seus concentrados) somaram US$ 243 milhões, alta de 10,7% e participação de 3,8% na pauta exportadora de Minas.
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