Bares e restaurantes podem faturar até 30% mais em dezembro

O mês de dezembro tende a ser positivo para os bares e restaurantes de Belo Horizonte. Conforme projeção realizada pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Minas Gerais (Abrasel-MG), o incremento nas vendas no último mês de 2022 pode chegar a até 30% em relação a novembro. A estimativa leva em conta a somatória das tradicionais festas de confraternização de fim de ano e a expectativa de aumento no movimento em razão dos jogos da Copa do Mundo de futebol – disputada pela primeira vez nesta época.
Bastante afetados pela pandemia e atualmente pela inflação dos produtos, os bares e restaurantes estão com dificuldade de repassar os custos para os consumidores. Logo, os eventos simultâneos devem possibilitar um alívio ao caixa dos estabelecimentos. Apesar disso, o presidente da Abrasel-MG, Matheus Daniel, ressalta que o movimento de dezembro não resolve o problema do setor. Ele lembra que a lucratividade está comprometida e que neste período existem ainda mais contas a pagar.
“O número é claro. Na hora que você pega o IPCA de alimentos e bebidas, que é o preço no supermercado que o restaurante compra, ele subiu 12,6%. Na hora que você pega o IPCA de alimentação fora do lar, que é o preço que o restaurante vende, só subiu 7,6%, ou seja, a gente está perdendo margem. E isso não é de agora, já é um movimento desde o início da pandemia. O empresário, com medo de subir o preço e perder o cliente, reduz a margem e aí tem que tentar negociar o aluguel, tentar reduzir os custos para conseguir sobreviver”, diz.
“Mas é uma coisa que está realmente difícil, 50% dos empresários estão no lucro, mas 50% não estão, e isso vira uma bola de neve. O que vem agora em dezembro é para dar essa ajuda. Não resolve o problema. É uma ajuda, um fôlego para poder pagar, por exemplo, o décimo terceiro, já que nós temos muito mais contas a pagar neste final de ano. Então esse movimento de Copa do Mundo somado a confraternização vai ajudar o setor, que está castigado por conta da pandemia”, completa.
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