Behub Criativo vai exportar o seu conceito de ensino
Com a ideia de horizontalizar a educação em Belo Horizonte, a Behub Criativo pretende romper as barreiras do Estado e ampliar a sua atuação pelo País, não necessariamente instalando escolas físicas em outras cidades, mas exportando o conceito. Atualmente com uma unidade na capital mineira, no bairro Santo Antônio, o plano de expansão da empresa não se limita ao espaço físico, portanto, deve continuar com apenas uma unidade, mas prevê crescer quatro vezes mais em dois anos. Em comparação com o ano passado, quando recebia 50 alunos por mês, em 2018 este número dobrou e, para o ano que vem, a projeção é receber 200 alunos mensalmente. Com isso, o faturamento também vai dobrar a cada ano. Idealizador do negócio, o empresário Felipe Marreco explica o conceito da escola. “A educação hoje em dia é vertical, com hierarquia, com prazos, com obrigações, onde uma pessoa é a dona do conteúdo, da verdade, no caso, o professor. Já na educação horizontal, tanto o aluno como o professor constroem o tema em conjunto, em pé de igualdade. Então, estes instrutores não necessariamente têm diploma ou mestrado, mas experiência prática no tema. Para dar as aulas, convidamos os melhores profissionais de cada tema que, em conjunto com os alunos, colocam a mão na massa”, conta. Atualmente, a escola conta com quatro cursos, nas áreas de moda, marketing, empreendedorismo e produção de eventos. “Pegamos estes temas e os destrinchamos nas aulas, cada um deles tem braços, por exemplo, dentro do curso de empreendedorismo, temos um miniprocesso de aceleração”, exemplifica Marreco. Os cursos são destinados a todas as faixas etárias e níveis de experiência, mas são mais procurados por pessoas de 24 a 32 anos. Cada tema comporta de 4 a 12 aulas. O crescimento da Behub se deu, principalmente, por conta da demanda. Atualmente recebendo uma média de 100 alunos por mês, a escola é procurada mensalmente por 1.000 pessoas que se cadastram para fazer os cursos. “Começamos há dois anos com o viés do entretenimento, focados em cursos de produção de eventos, que até hoje é a área mais procurada. Com esse gás, tivemos vontade de arriscar outros mercados e aí desenvolvemos os outros cursos”, conta. E não só de cursos vive a Behub, que também oferece workshops e palestras sob demanda, inclusive, em outros temas. Recentemente, a escola passou a oferecer consultoria pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), onde os profissionais atuam como agentes de capacitação. Ao contrário do que se pensa, a palavra empreender não significa necessariamente abrir uma empresa. “A gente usa o empreender de uma forma muito específica, sendo que a palavra significa dar o próximo passo, construir algo novo, não necessariamente abrir uma empresa”, comenta Marreco. Metodologia do futuro – Disruptiva é uma das palavras utilizadas para definir a Behub, segundo o idealizador Felipe Marreco. Isso porque, conforme ele explicou, o modelo horizontal representa uma quebra na escola vertical, ou tradicional, e acompanha as tendências da geração mais jovem. “A geração Z, das pessoas que nasceram a partir de 1992, é muito inquieta. Elas já nasceram com o domínio da tecnologia, com algumas práticas que outras gerações não acreditam. E a escola e a faculdade não acompanharam o ensino dessas pessoas. Criamos uma metodologia justamente para acompanhar o que essa geração busca. Por isso, chamamos este método de escola do futuro”, explica. Criando habilidades – Para exemplificar a amplitude dos campos de atuação da escola, não só com cursos, mas também com workshops e consultoria, Marreco cita dois exemplos recentes. “Por exemplo, os queijeiros de São Roque de Minas estavam com dificuldades para mexer nas redes sociais, então, fomos para lá dar essa consultoria. Em Patrocínio, fomos chamados para falar com os engenheiros agrônomos sobre os processos criativos, como resolver problemas e criar um planejamento para isto”. Expansão – Além da projeção de dobrar o número de alunos e o faturamento no ano que vem, a empresa pretende expandir também a sua área de atuação. Para chegar a outros estados, a ideia é firmar parcerias, por exemplo, com espaços de coworking, ocupando ambientes já existentes para a execução dos cursos. “Não temos interesse em ter sedes físicas nas capitais, mas pretendemos estar lá desta forma. Inicialmente, pensamos nesta expansão para Rio e São Paulo, mas percebemos que Goiás está muito forte na procura pelos nossos cursos. Provavelmente no meio do ano que vem já vamos começar a levar os nossos cursos para outras capitais”, completa Marreco. Novidade – A escola vai passar a oferecer ainda um novo curso, chamado “Construindo habilidades”, com quatro encontros de 8 horas cada, para preparar os adolescentes para o mercado. “Com 17 anos os jovens já têm que escolher o que querem fazer. Portanto, vamos mostrar para eles o mercado que existe, eles precisam saber o que está rolando lá fora para decidir”, resume Marreco. Trata-se de um curso de desenvolvimento de habilidades interpessoais, direcionado exclusivamente para crianças e adolescentes.
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