Belo Horizonte registra desaceleração no preço dos aluguéis residenciais em 2024

Os aluguéis residenciais em Belo Horizonte fecharam o último ano com desaceleração na variação acumulada, passando de 22,88%, em 2023, para 13,71%. De acordo com dados do Índice de Aluguel QuintoAndar Imovelweb, o valor médio praticado ficou em R$ 38,36 por metro quadrado (m²), 1,28% acima do registrado em novembro.
Apesar de a variação acumulada estar abaixo do observado no ano anterior, o estudo do Grupo Quinto Andar aponta que Belo Horizonte fechou o ano com o maior valor nominal do metro quadrado já registrado em toda a série histórica do indicador, iniciada em 2019.
Dentre os bairros da capital mineira, o grande destaque foi o Havaí, na região Oeste da cidade, com alta de 41,4% no acumulado do ano. Em seguida aparecem os bairros Jaqueline (34,4%), na região Norte de Belo Horizonte, e Santa Amélia (30,4%), na Pampulha.
Já o bairro Manacás, também na região da Pampulha, foi o que apresentou a maior desvalorização, com variação negativa de 7% no período. Os bairros Santa Efigênia e Serra, ambos da região Centro-Sul da Capital, aparecem em seguida com retrações de 4,6% e 2,6%, respectivamente.
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O estudo aponta que as maiores valorizações ocorreram em áreas que estão se desenvolvendo rapidamente e com potencial para oferecer retorno no futuro. Enquanto os bairros mais desvalorizados podem estar passando por revitalizações ou outras mudanças que poderão levar a uma valorização futura.
O levantamento ainda destaca o desempenho no último trimestre de 2024, o que possibilita a identificação de mudanças mais recentes. Neste caso, o Anchieta, na região Centro-Sul, foi o bairro que mais se valorizou, com alta de 35,9%. Por outro lado, os imóveis localizados no bairro Santo Agostinho, também na região Centro-Sul da cidade, registraram a maior desvalorização, com queda de 16% no período.
Quanto ao valor médio cobrado nos alugueis, a região Centro-Sul reúne os dez bairros com os preços mais elevados de Belo Horizonte, com destaque para Lourdes e Savassi, com R$ 65,80/m² e R$ 61,80/m², respectivamente.
Os 10 bairros com os aluguéis residenciais mais caros de Belo Horizonte em 2024:
- Lourdes (R$ 65,80/m²);
- Savassi (R$ 61,80/m²);
- Funcionários (R$ 57,70/m²);
- Barro Preto (R$ 50,50/m²);
- Santo Agostinho (R$ 50,10/m²);
- Anchieta (R$ 47,00/m²);
- Luxemburgo (R$ 45,90/m²);
- Sion (R$ 45,40/m²);
- Cruzeiro (R$ 45,20/m²);
- São Pedro (R$ 43,50/m²).

FipeZap: segundo ano consecutivo de desaceleração dos aluguéis
Um outro indicador do setor, o Índice FipeZap de Locação Residencial, mostra que o valor médio praticado em Belo Horizonte fechou em R$ 41,85/m². Esse valor representa um avanço de 0,08% frente ao registrado em novembro e uma variação acumulada de 14,2% nos últimos 12 meses.
Este é o segundo ano consecutivo com desaceleração no indicador da capital mineira. Em 2023 o índice fechou com uma variação acumulada de 20,7% contra 24,47% registrado no ano anterior.
O levantamento realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), com base em anúncios veiculados nos portais Zap Imóveis e Viva Real, aponta que a taxa de lucratividade de um imóvel comercial na Capital ao longo do tempo (rental yield) fechou em alta de 0,42% ao mês (a.m.) e de 5,02% ao ano (a.a.).
Assim como ocorreu na pesquisa do Grupo Quinto Andar, a região Centro-Sul de Belo Horizonte foi o grande destaque com os quatro bairros mais representativos no Índice FipeZap da Capital. Os imóveis localizados no Santo Agostinho registraram os preços mais elevados, com uma média de R$ 61,00/m² e variação positiva de 33% no acumulado do ano.
Os bairros com os alugueis mais caros de belo Horizonte:
- Santo Agostinho (R$ R$ 61,00/m²);
- Savassi (R$ 59,80/m²);
- Belvedere (R$ 57,90/m²);
- Lourdes (R$ 56,20/m²);
- Funcionários (R$ 50,40/m²);
- Buritis (R$ 45,10/m²);
- Gutierrez (R$ 40,00/m²);
- Sion (R$ 39,70/m²);
- Serra (R$ 39,50/m²);
- Santo Antônio (R$ 35,40/m²).
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