Economia

Biomm triplica a receita no 2º trimestre

Biomm triplica a receita no 2º trimestre
Crédito: Divulgação

A biofarmacêutica Biomm, com planta na cidade de Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), viu sua receita líquida triplicar no segundo trimestre. O valor chegou a R$ 34,3 milhões, contra R$ 11,4 milhões do mesmo período do ano passado – aumento de 205% na comparação anual. Da mesma forma, o lucro bruto avançou 270% na mesma base de comparação, saindo de R$ 2,9 milhões para R$ 10,9 milhões no último trimestre.

As despesas operacionais registraram aumento de 56,3%, atingindo R$ 22,6 milhões e refletindo o crescimento da companhia. Já o  Ebitda (lucro líquido antes do Imposto de Renda, contribuição social, despesas financeiras líquidas, despesas de depreciação e amortização) do trimestre apresentou resultado negativo de R$ 8,7 milhões – contra os R$ 8,9 milhões negativos do segundo trimestre do ano passado.

Conforme a companhia, o desempenho se deve principalmente ao início da comercialização do Ghemaxan, anticoagulante indicado, prioritariamente, para profilaxia e tratamento da trombose venosa profunda e embolia pulmonar, que reflete a evolução do portfólio de medicamentos da companhia. O medicamento, inclusive, tem sido amplamente utilizado no tratamento de pacientes com Covid-19 que desencadeiam problemas vasculares.

Além do Ghemaxan, a Biomm tem em seu pipeline o Herzuma (medicamento para câncer de mama) e Afrezza (única insulina inalável no mundo) e as insulinas Wosulin (insulina regular eNPH) e Glargilin (insulina glargina).

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“Nosso plano de negócios vem evoluindo e a empresa está crescendo a cada trimestre a uma taxa média de 25% apenas no que diz respeito à receita líquida, o que é muito positivo e desejamos manter. Além disso, a expansão do nosso portfólio nos permite disponibilizar mais medicamentos e promover maior acesso da população à saúde”, define a diretora Financeira e de Relações com Investidores da Biomm, Mirna Santiago Vieira.

Outro destaque do trimestre, conforme a diretora, diz respeito à autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para iniciar os estudos clínicos da fase 3 do medicamento Leronlimabe, contra a Covid-19, no Brasil. Segundo ela, os ensaios serão realizados em 35 centros de pesquisa brasileiros, com 612 pacientes hospitalizados e com necessidade de suporte para oxigenação, tendo como objetivo impedir que a doença evolua para um caso mais grave, com necessidade de ventilação mecânica invasiva.

O ensaio clínico será conduzido pela Academic Research Organization (ARO) do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), em colaboração com a CytoDyn, empresa norte-americana responsável pelo desenvolvimento do medicamento, e a Biomm, parceira exclusiva para a comercialização do leronlimab no Brasil.

“Trata-se de uma parceria importante e esperamos que os testes permitam a aprovação deste medicamento inovador para distribuição e comercialização no Brasil”, avalia. Em relação a uma possível produção pela própria Biomm, ela explica que uma decisão, bem como uma possível negociação, deve ocorrer futuramente, pois depende da demanda e do mercado.

Planta – Por fim, Mirna Santiago ressalta que a empresa segue investindo no processo de validação da fábrica em Nova Lima, inclusive, com contratação de pessoal. Segundo ela, ainda não é possível prever o início das operações fabris, uma vez que a certificação, concedida pela Anvisa, demanda uma série de etapas, documentos e processos.

“A planta está construída e concluída, com toda parte de formulação, linhas e agora dependemos do processo de validação, a partir dos investimentos em utilidades e máquinas e equipamentos e toda documentação. O processo é detalhado e criterioso. Esperamos ainda este ano concluir parte importante desse processo”, diz.

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