Biomm busca aprovação de remédio contra a Covid

3 de agosto de 2021 às 0h30

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Crédito: Divulgação/Biomm

A biofarmacêutica Biomm, localizada na cidade de Nova Lima (RMBH), obteve autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para iniciar os estudos clínicos da fase 3 do medicamento Leronlimabe, contra a Covid-19, no Brasil.

Os ensaios serão realizados em 35 centros de pesquisa brasileiros, com 612 pacientes hospitalizados e com necessidade de suporte para oxigenação, tendo como objetivo impedir que a doença evolua para um caso mais grave, com necessidade de ventilação mecânica invasiva.

De acordo com o fato relevante divulgado pela companhia ontem, o ensaio clínico será conduzido pela Academic Research Organization (ARO) do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), em colaboração com a CytoDyn, empresa norte-americana responsável pelo desenvolvimento do medicamento, e a Biomm, parceira exclusiva para a comercialização do leronlimab no Brasil.

A reportagem tentou contato com a biofarmacêutica para saber qual a participação da empresa no desenvolvimento do medicamento, bem como se Minas Gerais poderá ter participação nos processos. No entanto, a companhia se encontra em período de silêncio.

O Leronlimabe age para prevenir uma resposta excessiva do sistema imunológico de pacientes infectados com o novo coronavírus, reduzindo a superprodução de citocinas inflamatórias, também conhecidas como “tempestade de citocinas”. Esta tempestade inflamatória, que agrava a condição clínica significativamente, pode, muitas vezes, levar o paciente a óbito.

“A realização de testes de fase 3 ajuda a esclarecer todas as informações necessárias para encontrarmos uma nova opção no tratamento da doença em pacientes hospitalizados, por isso os estudos foram desenhados com uma abrangência nacional”, explica o CEO da Biomm, Heraldo Marchezini.

A companhia submeteu à aprovação do órgão o pedido para realização de pesquisas envolvendo o Leronlimabe no fim de maio. Já os estudos terão início após o processo de importação do medicamento.

“Acreditamos que este estudo é um dos mais promissores na história da nossa empresa, pois geraremos informações importantes que nos providenciará a oportunidade perfeita de obtermos potencialmente a primeira aprovação de leronlimab nos países onde a solicitamos”, ressalta o presidente da CytoDyn, Nader Pourhassan.

Produção – Em entrevista ao DIÁRIO DO COMÉRCIO em abril, a diretora Financeira e de Relações com Investidores da Biomm, Mirna Santiago Vieira, falou sobre as expectativas acerca de licenciamentos de marcas e patentes de medicamentos e do processo de adequação da planta industrial em Nova Lima, para aprovação pela Anvisa e outros órgãos reguladores com o objetivo de ter em seu portfólio medicamentos de fabricação própria.

Destacou que, em março, a empresa havia iniciado os trabalhos com a insulina Glargina e que seguiria trabalhando para a expansão do portfólio no decorrer do exercício. Neste sentido, ela falou sobre o sucesso da capitalização realizada pela empresa no final do ano passado, que permitirá seguir com o processo de expansão do portfólio com a entrada da Glargina e a validação da fábrica de Nova Lima.

“A planta foi projetada e construída com o objetivo de independência produtiva para produção de análogos de insulina e outros medicamentos biológicos no País. A unidade industrial é faseada e modular. Isso permite a comercialização de produtos adquiridos de terceiros, enquanto, paralelamente, a fábrica é construída e validada”, disse na época.

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