BNDES soma R$ 244 milhões em crédito para a Indústria 4.0 em Minas Gerais

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou R$ 244 milhões da linha Crédito Indústria 4.0 em Minas Gerais. O montante será destinado ao financiamento de projetos ligados à difusão de máquinas e equipamentos 4.0, destinados aos campos de automação, robótica, internet das coisas e inteligência artificial.
Desde o anúncio da linha, no final de agosto, foram aprovadas 205 operações de crédito no Estado. Do total aprovado, 57% foram para micro, pequenas e médias empresas.
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destaca que a linha é fundamental para que o País avance em termos de eficiência e competitividade. Segundo ele, o maquinário nacional tem idade média de 14 anos e 38% dos equipamentos industriais estão próximos ou além do ciclo de vida ideal.
“A indústria que inova atrai investimentos e gera mais produtividade e empregos. E o BNDES tem sido um parceiro na modernização do parque fabril nacional”, pontua.
Nacionalmente, o banco já aprovou R$ 1,3 bilhão em crédito para a Indústria 4.0. Com taxas incentivadas, o orçamento disponível para 2025 alcançou R$ 10 bilhões. Ao todo, foram aprovadas 824 operações, distribuídas em todas as regiões do País, sendo 52% para micro, pequenas e médias empresas.
A iniciativa é parte do eixo de inovação e digitalização do Plano Mais Produção, que integra a política industrial Nova Indústria Brasil (NIB). O programa busca acelerar a transformação tecnológica produtiva nacional, e o apoio financeiro deve contribuir para elevar a eficiência das empresas, reduzir custos e ampliar o potencial da indústria local.
Linha de crédito promete tornar indústria 4.0 mais competitiva
O diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Gordon, avalia que a linha de crédito é estratégica para o desenvolvimento do setor no País. “Isso vai aumentar a digitalização da indústria e a produtividade, gerando melhor eficiência e diminuindo custos aos negócios”, pontua.
Segundo ele, com a medida, o governo federal direciona o olhar para uma indústria mais competitiva, com forte protagonismo de Minas Gerais. Até o momento o Estado ocupa o terceiro lugar em aprovação de crédito, bem próximo ao segundo (Santa Catarina) em um cenário liderado por São Paulo, a maior economia do País.
O diferencial destacado pelo diretor é o mix de taxas de juros a 7,5% por ano, considerada interessante para o setor produtivo. Com margem reduzida de taxa, Gordon considera que a tendência é que os negócios fortaleçam alguns gargalos, como a digitalização, para melhorarem a capacidade de entrega. Também é esperado que as novas tecnologias adotadas gerem empregos cada vez mais qualificados e bem remunerados.
“O que a gente pretende é ter uma indústria que ganhe produtividade capaz de enfrentar empresas nacionais e internacionais, fortalecendo capacidade industrial, gerando emprego e renda”, finaliza.
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