Brasil discute reforço da cooperação técnica com a China
O reforço da cooperação técnica entre Brasil e China na área de turismo foi o assunto de um encontro na última semana, em Brasília, de representantes do Ministério do Turismo com o embaixador do país asiático, Li Jinzhang. O objetivo do diálogo é permitir o intercâmbio de informações a respeito do fluxo de viajantes e investimentos nas duas nações, além de proporcionar a aproximação de empresários do setor. A pauta incluiu a promoção do Festival da Lua, que ocorrerá em setembro na cidade de Foz do Iguaçu (PR) – segunda maior colônia chinesa no Brasil – e que vai contar com a Orquestra Sinfônica da China. No evento, uma alusão a um dos mais importantes feriados daquele país, Brasil e Argentina planejam assinar com o Ministério da Cultura e Turismo chinês um acordo de irmanamento entre as Cataratas do Iguaçu e a Muralha da China. Técnicos do MTur aproveitaram a oportunidade para reforçar o convite para os diretores da China Travel Service – a agência de viagens do governo chinês – visitarem as principais localidades turísticas brasileiras e se reunirem com operadores de turismo nacionais, a fim de permitir a elaboração de possíveis roteiros de viagem. Foi debatido, ainda, o apoio à participação do Brasil em feiras de comércio que acontecem em território chinês. Li Jinzhang se comprometeu a avaliar os pleitos apresentados e destacou esforços no sentido de aprimorar a troca de experiências no ramo, proporcionando avanços no desenvolvimento do turismo bilateral. “Há o interesse do governo chinês em intensificar essa parceria. Vamos trabalhar juntos com o Ministério do Turismo brasileiro para o sucesso do evento em Foz do Iguaçu”, afirmou o diplomata. Recentemente, representantes do MTur marcaram presença na maior feira de serviços da China, a CIFTIS, na qual empresários puderam conhecer oportunidades de investimento no Brasil e foram estimulados a atuar em setores como hotelaria e parques temáticos. No próximo ano, é prevista a participação do Brasil, em parceria com a Argentina, como país convidado do Fórum Econômico Mundial de Turismo, na cidade de Macau. México – Também na última semana, representantes do Ministério do Turismo e o embaixador do México no Brasil, Salvador Arriola, discutiram o plano de trabalho voltado à implementação de um memorando entendimento na área de turismo firmado no ano de 2015 com a Secretaria de Turismo daquele país. O acordo prevê o fortalecimento da cooperação no setor a partir da adoção de medidas como a promoção de atrativos e destinos para aumentar o fluxo bilateral de visitantes. Além da crescente troca de experiências, Arriola defendeu o irmanamento de cidades coloniais dos dois países, a exemplo de municípios históricos de Minas Gerais, de forma a permitir a divulgação conjunta no mercado internacional. “A ideia seria aproveitar o fluxo de turistas para cidades como o Rio de Janeiro e São Paulo e sugerir destinos de Minas Gerais, explorando a arquitetura, a cultura religiosa e a gastronomia, fazendo o mesmo com cidades coloniais mexicanas, para difundir essas atrações”, declarou o diplomata. Técnicos do Ministério do Turismo apontaram a necessidade de avanços em questões como a conectividade aérea, o que pode incrementar o movimento de viajantes a partir de uma maior oferta de voos. Nesse sentido, a diretora do Conselho de Promoção Turística do México, Diana Pomar, sugeriu atenção especial para os estados do Nordeste brasileiro com o objetivo de facilitar a chegada de visitantes mexicanos assim como possibilitar o movimento inverso. Cancún, um dos centros turísticos mais importantes do México, é considerado modelo na implantação de Áreas Especiais de Interesse Turístico. Estas localidades possuem legislações específicas, com incentivos fiscais e licenciamento ambiental diferenciado, de forma a atrair negócios. Os participantes do encontro também debateram a organização de encontros entre empresários, a fim de divulgar oportunidades de investimentos. O acordo Brasil-México, que considera o turismo um fator determinante ao desenvolvimento econômico dos dois países, também envolve o intercâmbio de dados estatísticos a respeito do ramo, a fim de favorecer o planejamento de ações.
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