Vale afirma ter investido R$ 7 bilhões para eliminar barragens

A Vale já investiu mais de R$ 7 bilhões em seu Programa de Descaracterização de Barragens a montante. Até o momento, a empresa descaracterizou 13 barragens, chegando a mais de 40% de conclusão do projeto. A expectativa é de que até 2035 todas as barragens desse modelo estejam eliminadas. Ações foram adotadas após o rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
No total, mais de 100 Planos de Ação de Emergência para Barragens de Mineração (PAEBMs) já foram implementados pela Vale nos estados de Minas Gerais e do Pará.
Além disso, a empresa aderiu ao Padrão Global da Indústria para a Gestão de Rejeitos (GISTM), que foi lançado em 2020 e se tornou o primeiro padrão global do setor mineral. São 77 requisitos que precisam ser cumpridos, como a melhoria da supervisão, do monitoramento e da transparência das informações. O foco é a segurança das pessoas e do meio ambiente durante todo o ciclo de vida da barragem.
Após a tragédia em Brumadinho, a Vale tem trabalhado para reduzir a dependência das barragens em suas operações. Um exemplo é a filtragem do rejeito que reduz a quantidade destinada a barragens em até 80%. O método já foi adotado em quatro plantas mineiras: Brucutu, Conceição, Cauê e Vargem Grande.
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A Vale também já executou 68% dos R$ 37,7 bilhões previstos no Acordo Judicial de Reparação Integral (AJRI) por conta do rompimento da barragem em Brumadinho. O documento, assinado 2021 pela companhia junto ao Governo de Minas, Ministério Público Estadual e Federal e a Defensoria Pública de Minas Gerais, define as obrigações de fazer e pagar para a reparação socioeconômica e socioambiental das cidades atingidas pelo rompimento da barragem em 2019.
Mais de 15 mil pessoas já fecharam acordo de indenização com a empresa, homologados judicialmente. Isso representa um total de R$ 3,5 bilhões em indenizações, somando Brumadinho, municípios da Bacia do Paraopeba e os territórios que foram evacuados preventivamente por conta do rompimento. Desde 2021, ao menos um familiar de todos os empregados falecidos, tanto próprios quanto terceirizados, celebrou acordo de indenização.
Além disso, mais de 5,6 mil pessoas receberam atendimentos pelo Programa de Assistência Integral ao Atingido (PAIA), com suporte e orientações gratuitas após o pagamento das indenizações individuais. Cerca de 96% desses atendimentos já foram finalizados.
O programa Ciclo Saúde também teve um grande impacto na região, fortalecendo a rede de atenção básica em Brumadinho e outros 14 municípios da bacia do Paraopeba. Até hoje, foram entregues 5.754 equipamentos, capacitados 3.206 profissionais e 143 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) atendidas.
A Vale também está apoiando projetos de diversificação econômica na região. No ano passado, foi apresentado para o mercado o Distrito Industrial de Brumadinho. O projeto está em fase de desenvolvimento e promete promover a melhoria do ambiente de negócios na cidade, por meio da capacitação de mão de obra especializada, fortalecimento de empreendedores locais e modernização da legislação municipal.
As cidades atingidas já contam com 298 iniciativas aprovadas, voltadas para a melhoria da qualidade de vida da população. São ações de fortalecimento de serviços de assistência social e de educação, obras em creches, escolas, hospitais, UBSs e moradias populares. Além do fortalecimento da agropecuária e serviços rurais.
A mineradora ainda mantém o apoio ao Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Minas Gerais (CBMMG) nas buscas pelas três pessoas que ainda não foram identificadas. Até agora, foram manejados 75% do rejeito e liberados para a inspeção dos bombeiros.

Reparação ambiental na Bacia do Paraopeba
O processo de recuperação ambiental das áreas impactadas só tem início após a liberação pelos bombeiros. Por enquanto, as ações estão concentradas, em sua maioria, no entorno dessas áreas e em áreas de preservação ambiental. Cerca de 60 hectares estão sendo restaurados com o plantio de aproximadamente 90 mil mudas.
As iniciativas também estão voltadas para a recuperação do rio Paraopeba. A Estação de Tratamento de Água Fluvial (ETAF), construída pela Vale, já devolveu 54 bilhões de litros de água limpa ao rio. Os monitoramentos de qualidade da água continuam a ser feitos em cerca de 80 pontos e apresentam resultados semelhantes aos registrados antes do rompimento, principalmente em períodos secos.
Junto a essas ações de recuperação do rio Paraopeba, estão sendo realizados trabalhos voltados para o fornecimento de água contínua a ser feito em Brumadinho e outras 22 cidades da Bacia. Ao todo, já foram distribuídos mais de 2,7 bilhões de litros de água por meio de caminhões-pipa, desde 2019.
A Vale também está implementando sistemas de tratamento de água e a perfuração de poços. Até agora, já foram entregues 184 estações de tratamento de água, 100 captações subterrâneas e mais de 4.100 estruturas como reservatórios, bebedouros e caixas d´água.
A fauna também é outro objeto de monitoramento constante da mineradora e os diagnósticos feitos não constatam a existência de impactos do rompimento sobre os animais. Com relação ao reflorestamento, técnicas inovadoras têm permitido a aceleração do processo.
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