Economia

Câmara de Comérco dos EUA inicia ação contra tarifas

Washington/ Bruxelas – A Câmara de Comércio dos Estados Unidos, maior grupo empresarial do país e geralmente um aliado do Partido Republicano de Donald Trump, lançou uma campanha ontem para se opor às políticas de tarifas comerciais do presidente norte-americano. Com alguns dos mais próximos parceiros comerciais dos Estados Unidos (EUA) impondo medidas de retaliação, a abordagem de Trump às tarifas abalou os mercados financeiros e estremeceu as relações entre a Casa Branca e a Câmara. A nova campanha, detalhada primeiro à Reuters, é um esforço agressivo da gigante de lobby dos negócios. Usando uma análise de estado por estado, a Câmara argumenta que Trump está arriscando uma guerra comercial global que atingirá as carteiras dos consumidores dos EUA. “O governo está ameaçando minar o progresso econômico que tanto trabalhou para conseguir”, disse o presidente da Câmara, Tom Donohue, em comunicado à Reuters. “Devemos buscar comércio livre e justo, mas esse não é o caminho certo para isso”. Rachadura – A Câmara, que tem 3 milhões de membros, historicamente tem trabalhado em estreita colaboração com os presidentes republicanos e elogiou Trump por ter assinado cortes de impostos corporativos em dezembro. Mas as crescentes tensões comerciais criaram uma rachadura com o presidente. Trump implementou bilhões de dólares em tarifas direcionadas a China, Canadá, México e União Europeia, dizendo que tais medidas são necessárias para compensar os desequilíbrios comerciais, levando as nações a retaliar. Trump já havia sido persuadido a desistir das ameaças ao comércio com o argumento de que os Estados que o apoiaram na campanha presidencial de 2016 serão duramente atingidos. Por exemplo, a Câmara disse que o Texas pode ter exportações no valor de US$ 3,9 bilhões afetadas por tarifas de retaliação; Tennesse, US$ 1,4 bilhão; e Carolina do Sul, US$ 3 bilhões. UE – A União Europeia (UE) criticou o governo do presidente dos EUA, Donald Trump, por considerar tarifas sobre importações de automóveis, dizendo que elas podem levar a uma retaliação global contra cerca de US$ 300 bilhões em bens dos EUA. O porta-voz da Comissão Europeia, Margaritis Schinas, disse ontem que a possibilidade de tarifas sobre automóveis “carece de legitimidade, base factual e viola as regras do comércio internacional”, assim como as tarifas norte-americanas sobre as importações de aço e alumínio. A UE questionou se as importações de automóveis representam uma ameaça suficiente à segurança nacional dos EUA para justificar as tarifas e estimar o impacto econômico. Trump citou preocupações de segurança nacional para aplicar tarifas anteriores. A UE, o México, o Canadá, a Turquia e a Índia introduziram impostos sobre produtos dos EUA em retaliação. Schinas disse que as montadoras europeias criam mais de meio milhão de empregos nos EUA.

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