Capital pode girar R$ 2,3 bi com o Dia das Crianças

O comércio belo-horizontino está otimista para o Dia das Crianças de 2022. Pesquisa da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) aponta que a data vai injetar R$ 2,32 bilhões na economia da capital mineira, o que representa incremento de 1% no faturamento em relação ao mesmo período do ano passado.
De acordo com o estudo, quase metade dos empresários da Capital (45%) espera vendas melhores em relação a 2021. O fim da quarentena (70%) é o principal motivo pela expectativa de alta para o dia 12 de outubro.
Os lojistas estimam um gasto médio por presente de R$ 122,05, aumento de 25% do valor na comparação com o ano anterior. Os itens de maior saída dos estabelecimentos deverão ser os brinquedos (36%) e as roupas (25%).
Para o vice-presidente da CDL/BH, Fernando Cardoso, o Dia das Crianças é a terceira data mais importante do ano para o varejo, atrás apenas do Dia das Mães e do Natal. Segundo ele, as datas comemorativas impactam diretamente a economia de Belo Horizonte, pois mais de 70% do PIB da Capital provém dos setores de comércio e serviços. Ainda conforme Cardoso, a retomada econômica pós-pandemia e a melhora dos índices de empregabilidade explicam a expectativa por melhores resultados.
No que se refere às formas de pagamentos, os entrevistados esperam que 72% dos consumidores paguem as compras à vista, sendo à vista no cartão de crédito (46,5%), Pix (14%), cartão de débito (11,6%) e dinheiro (0,3%). Aqueles que desejam parcelar as compras representam 27,6%.
“Estamos saindo de uma recessão muito grande e as pessoas têm receio de consumir a prazo e se endividarem. Por isso, o pagamento à vista fica como a primeira forma de pagamento para o consumidor”, disse Cardoso.
Apesar do otimismo de elevação nas vendas, somente 28% dos lojistas pretendem aumentar o estoque de produtos para o Dia das Crianças deste ano. A maioria deles (61%) deve manter o mesmo volume de estoque do ano passado.
Segundo o levantamento, as redes sociais como WhatsApp, Facebook, Instagram e TikTok (81%) serão as principais formas de divulgação dos produtos, seguida por decoração da loja (36%). Conforme o vice-presidente da CDL/BH, com as redes sociais, os comerciantes conseguem medir o impacto da ação de propaganda dentro do resultado do negócio.
De acordo com Cardoso, esse tipo de canal é o primeiro contato do consumidor com o lojista, no entanto, o mesmo não deve se esquecer do ponto de venda físico – a grande força do varejo. Ele ressalta a importância da experiência do cliente dentro da loja. Dessa forma, os lojistas podem trabalhar com “vitrines temáticas, teatros de fantoches e embalagens caprichadas e atrativas para as crianças”.
“A utilização da rede social como principal mídia é um impulsionador. Mas pensando no mundo atual, que eles falam da multicanalidade (omnichannel), o ponto de venda também tem que estar preparado para receber esse consumidor, com todo pensamento da experiência e também com promoções. Uma forma de atender o cliente da melhor maneira”, destacou.
A pesquisa da CDL/BH também questionou os comerciantes sobre o Dia dos Professores (15 de outubro). Entre os entrevistados, 77% esperam um volume muito baixo de vendas. Para 80% dos lojistas, os clientes não devem adquirir presentes para essa data.
O estudo foi realizado com 301 empresários da Capital entre os dias 18 de julho e 05 de agosto.
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