Economia

Centro de pesquisa e inovação da St George e Cefet-MG, em Araxá, deve começar a operar em 2026

Parceria entre a St George Mining e o Cefet-MG servirá para testes de nióbio, terras-raras, titânio, fosfatos e outros tipos de materiais encontrados em Araxá e região
Centro de pesquisa e inovação da St George e Cefet-MG, em Araxá, deve começar a operar em 2026
Sob investimentos de R$ 25 milhões, centro de pesquisa e inovação da St George Mining vai ser implantado em área cedida pelo Cefet-MG no campus de Araxá | Foto: Divulgação ST George

O centro de pesquisa e inovação a ser implantado pela St George Mining, com investimento de R$ 25 milhões, em um espaço cedido pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG) no campus de Araxá, no Alto Paranaíba, deve começar a ser construído no início de 2026 e entrar em funcionamento no fim do mesmo ano. As informações são do diretor da mineradora australiana no Brasil, Thiago Amaral.

O equipamento, destinado a fins educacionais e ao apoio ao desenvolvimento e à produção de minerais críticos e estratégicos no Estado, servirá para testes de nióbio, terras-raras, titânio, fosfato e outros minerais encontrados na região. A unidade terá uma planta-piloto, com capacidade de processar de 200 a 300 quilos de minério por hora, volume pequeno se comparado a uma planta industrial, mas grande em relação à escala de laboratório.

“A ideia é que, numa parceria público-privada (PPP), a gente possa unir a rapidez e a flexibilidade da iniciativa privada à solidez e ao conhecimento da academia”, explicou o executivo ao Diário do Comércio, na primeira edição do evento “Conversa Aberta – St George e Comunidade”, promovido pela empresa no Grande Hotel Termas de Araxá e que contou com a participação do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo).

Conforme Amaral, nos primeiros três anos do acordo, que ainda será assinado oficialmente, a St George será responsável pela gestão do centro de pesquisa e inovação no campus Araxá. Já nos dois anos seguintes, a mineradora e o Cefet-MG vão administrá-lo conjuntamente, visando garantir a transferência de conhecimento, a otimização conjunta de processos e a admissão gradual das responsabilidades operacionais por parte da instituição de ensino.

Segundo o memorando de entendimento (MoU) vinculativo, firmado em outubro último, a empresa terá exclusividade para comercializar qualquer propriedade intelectual (PI) que for desenvolvida no equipamento durante os cinco primeiros anos desde o comissionamento. Também será de direito da companhia a copropriedade de qualquer outra criação no local, com a porcentagem refletindo o valor agregado pela contribuição de cada parte.

Legado da mineradora para a região

A partir do sexto ano, o centro de pesquisa e inovação passará a ser integralmente gerido pelo Cefet-MG. Amaral destacou que essa transferência da operação representa um legado da St George para a região, contribuindo para o desenvolvimento tecnológico, de novas atividades e de futuras operações. Nesse sentido, ele ainda ressaltou que a área onde o projeto será implementado estava subutilizada e tem bastante espaço para expansão.

“A proposta é iniciar um núcleo que, futuramente, o Cefet possa, inclusive, ampliar, para tornar esse centro de pesquisa mais amplo e trabalhar com outros materiais”, sublinhou. “É uma semente que estamos plantando com esse equipamento, inicialmente focado na tecnologia mineral, mas que, posteriormente, pode receber outros investimentos e ser ampliado”, concluiu.

Em paralelo ao centro de pesquisa e inovação, a St George conduz a fase de sondagens do Projeto Araxá, que visa à mineração de nióbio e terras-raras no município. A empresa australiana estima investir, ao todo, R$ 2 bilhões no empreendimento até colocá-lo em operação, o que está previsto para acontecer em 2027.

*O repórter viajou para Araxá a convite da St George

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