Economia

China e EUA acertam rodada de negociações para o fim deste mês

Pequim – A China vai realizar nova rodada de negociações comerciais com os Estados Unidos (EUA) em Washington, no final deste mês, informou o governo chinês ontem, movimento que pode trazer esperança para o progresso na resolução de um conflito que colocou os mercados financeiros mundiais no limite. Uma delegação chinesa liderada pelo vice-ministro do Comércio, Wang Shouwen, se reunirá com representantes dos EUA liderados pelo subsecretário do Tesouro para Assuntos Internacionais, David Malpass, informou o Ministério do Comércio em comunicado. Embora o engajamento tenha sido visto por analistas e empresários como positivo, eles alertaram que as negociações provavelmente não levariam a um avanço, já que ocorrerão entre funcionários de segundo escalão. Também continua a grande lacuna entre os dois lados sobre as exigências de Washington de que Pequim melhore o acesso ao mercado e as proteções de propriedade intelectual para as empresas dos EUA e reduza o déficit comercial de US$ 375 bilhões dos americanos com a China. “O segundo escalão da delegação sugere que ambos os lados permanecem distantes, e um acordo para essa visita é muito improvável”, escreveu o chefe do escritório de Pequim do banco de investimento Everbright Sun Hung Kai, Jonas Short, em nota. As notícias da reunião deram impulso ao iuan e ajudaram a limitar as perdas nos mercados de ações da China. As duas maiores economias do mundo estão em uma disputa de tarifas, desde o início do ano, envolvendo centenas de bilhões de dólares. Crescimento chinês – O Conselho Estatal da China, como é conhecido o gabinete do país, prometeu ontem manter o crescimento econômico em uma “faixa razoável” e implementar medidas para estimular investimentos do setor privado. O governo chinês irá adotar políticas “direcionadas e de ajuste fino” para garantir expansão econômica constante, informou a televisão estatal, citando comunicado divulgado após reunião do gabinete. Ainda segundo o comunicado, Pequim pretende aliviar a carga tributária para empresas pequenas e privadas e, simultaneamente, permitir que investidores privados adquiram participações majoritárias em setores como os de proteção ambiental. Nas últimas semanas, o banco central (PBoC) e o Ministério de Finanças têm ampliado esforços para incentivar investimentos em projetos de infraestrutura. Entre janeiro e julho, os investimentos do setor privado tiveram expansão anual de 8,8%, enquanto os investimentos de estatais avançaram 1,5% no mesmo período, segundo dados oficiais publicados na terça-feira (14).

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