Com nova marca, empresa Amapá pretende dobrar de tamanho

A fabricante de gôndolas e equipamentos para exposição e armazenagem de mercadorias, Amapá Instalações e Armazenagem, sediada na cidade de Cláudio, lança na Superminas Food Show 2023 a Supra, marca voltada ao desenvolvimento e fabricação de grandes projetos de armazenagem em aço. A Supra já era uma linha voltada para o mesmo tipo de demanda. Agora como nova marca, terá uma fábrica própria, com investimento de R$ 110 milhões até 2027, e já nasce com tamanho semelhante à Amapá.
O novo empreendimento também será em Cláudio e gerará 200 empregos diretos. Hoje, a empresa já emprega 760 colaboradores. O CEO da Amapá, Alfredo Lage, revela que a intenção é transformar a marca em uma unidade de negócios e, futuramente, em uma empresa do grupo. “A linha Supra se torna uma unidade independente de negócio de aproximadamente do mesmo tamanho que a Amapá tem hoje. Essa é a nossa linha de visão e estamos estruturando nesse sentido”, conta.
Enquanto a nova unidade é construída, o parque fabril foi modernizado e a planta atual foi ampliada para suportar o incremento imediato de produção. A nova fábrica terá capacidade de processar 200 toneladas de aço por dia, alcançando até 4,5 mil toneladas por mês.
A estimativa é que a nova marca tenha um faturamento de R$ 60 milhões em 2023, cerca de 15% dos negócios da Amapá, que deve faturar R$ 400 milhões este ano. A expectativa de crescimento da Supra em 2024 é de 30%.
O CEO conta que, nos últimos dez anos, a cada três a companhia tem praticamente dobrado de tamanho. A Amapá teve um crescimento consolidado de 273,11% no faturamento entre 2017 e 2022. Este ano, deve crescer 21%. O planejamento até 2027 é otimista: segundo Lage, a meta é dobrar de tamanho novamente.“Nós estamos falando para chegar em 2027 com as duas empresas mais ou menos consolidadas, em um faturamento próximo a R$ 800 milhões por ano. Nesse negócio, a Supra representa 15% hoje. Ela vai tomando corpo, crescendo continuadamente e nós vamos ter duas empresas de porte similar”, disse.
Lage comenta que o que gera otimismo é o resultado dos últimos anos. Na pandemia, por exemplo, ele esclarece que foi o período de maior crescimento e trouxe novas compreensões do mercado, como a carência de fornecedores qualificados. “Tem barreira de entrada, que é o aço, tem a regionalidade e tem poucos fabricantes com qualidade, recursos e tecnologia para atender esse mercado”, explica.
Segundo o CEO, o cenário brasileiro é de consolidação e expansão do setor, com novas oportunidades na ampliação de negócios como os mercados de delivery e petshop, que mudam o conceito de armazenagem, estocagem e distribuição. É nesse contexto de mudança e crescimento que a Amapá prevê para os próximos anos.
“Seguramente outros investimentos estão sobre a mesa. Temos que ir consolidando esse crescimento, atento à demanda do mercado, mas temos outros investimentos. Nessa nova planta que estamos construindo, vamos consolidar grande parte da nossa produção. Mas o nosso canal de varejo, atacado, entrega muito, então nós sempre temos que fazer investimentos em melhorias no nosso modelo de negócios tradicional. Vai requerer novos investimentos após 2027”, finaliza.
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