Economia

Complexo solar da Atlas Renewable Energy, em Arinos, deve entrar em operação em fevereiro

Empreendimento terá uma capacidade instalada de 579 megawatts-pico (MWp) e vai gerar 1.150 gigawatts-hora (GWh) de energia por ano
Complexo solar da Atlas Renewable Energy, em Arinos, deve entrar em operação em fevereiro
Foto: Reprodução Pixabay

A Atlas Renewable Energy prevê iniciar, em fevereiro de 2026, a operação comercial do complexo solar Draco, localizado em Arinos, na região Noroeste de Minas Gerais, em uma área de 1,6 mil hectares. O investimento da empresa no projeto é de R$ 1 bilhão.

Formado por 11 usinas fotovoltaicas, o empreendimento terá uma capacidade instalada de 579 megawatts-pico (MWp) e vai gerar 1.150 gigawatts-hora (GWh) de energia por ano. Com contratos de compra e venda de longo prazo já celebrados, o ativo fornecerá energia para três clientes: V.tal, Rivelli e Rede Primavera Saúde.

Ao Diário do Comércio, o presidente da Atlas Renewable Energy no Brasil, Fábio Bortoluzo, disse que, após concluir o complexo solar em Arinos, a empresa dará uma pausa na esteira de construções. Segundo ele, a companhia segue envolvida no desenvolvimento de novos projetos, porém o curtailment – cortes na geração de energia ordenados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) – tem sido um desafio para viabilizá-los.

Conforme o executivo, a Medida Provisória (MP) 1.304/2025, convertida na Lei 15.269/2025, sancionada no mês passado, estabelece algum nível de regramento, mas ainda deixa em aberto pontos importantes e é insuficiente para resolver o problema. Bortoluzo ressaltou que, neste momento, há conversas em andamento visando sinalizar essa regulação, de modo a proporcionar clareza sobre a matriz de riscos e viabilizar futuros ativos.

“A gente aguarda e trabalha junto às autoridades no processo de diálogo, convencimento e construção de uma solução, enquanto avançamos em outras inovações”, disse, citando que a empresa tem, entre operação e construção de sistemas de armazenamento de energia em baterias (do inglês, bess), mais de 1 GW no Chile, e aguarda a regulação do tema no Brasil.

“Também estamos acompanhando a regulação dessa tecnologia importantíssima para mitigar parte dos riscos da geração renovável no Brasil. Temos isso como agenda prioritária para poder viabilizar novos projetos e fazer com que os clientes eletrointensivos tenham energia limpa e competitiva à disposição”, destacou.

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