Economia

Confiança avança 2,1 pontos em julho e interrompe sequência de quedas

Rio de Janeiro – A confiança do consumidor subiu 2,1 pontos em julho, ante junho, na série com ajuste sazonal, informou ontem a Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) passou de 82,1 pontos em junho, para 84,2 pontos em julho. O indicador, porém, vinha de três meses consecutivos de retração. Em junho, o recuo tinha sido de 4,8 pontos ante maio. “Normalmente, após a ocorrência de choques como o de maio, a confiança dos agentes é afetada negativamente em um primeiro momento e se recupera em seguida. Embora seja uma boa notícia, a recuperação apenas parcial de julho sugere que o ritmo lento da economia e do mercado de trabalho continua pesando bastante nas avaliações do consumidor”, avaliou a coordenadora da Sondagem do Consumidor, Viviane Seda Bittencourt, em nota oficial. Em julho, o Índice de Situação Atual (ISA) aumentou 2,3 pontos, para 74,1 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE) cresceu 1,9 ponto em relação ao mês anterior, para 91,9 pontos, após três meses de quedas. O item que mede o grau de satisfação com a situação econômica no momento atual teve elevação de 0,7 ponto em julho, para 78,1 pontos. O item sobre a situação financeira atual avançou 3,9 pontos, para 70,7 pontos, recuperando parte das perdas sofridas em junho. Com relação às perspectivas para os próximos meses, o otimismo frente à economia nos seis meses seguintes diminuiu 0,3 ponto, para 102,3 pontos. O indicador da situação financeira futura das famílias melhorou 1,1 ponto, para 92,2 pontos. Bens duráveis – A intenção de compras de bens duráveis avançou 4,5 pontos na passagem de junho para julho, para 82,1 pontos, o quesito que mais contribuiu para a alta do ICC no mês. “A melhora, no entanto, ainda é tímida na comparação com a perda acumulada de 12,4 pontos nos três meses anteriores”, alertou a FGV, na nota. Houve ligeira recuperação da confiança em todas as classes de renda pesquisadas, exceto para os consumidores com renda familiar mais elevada, que recebem mais de R$ 9.600,00 mensais. Nesse grupo familiar, o índice teve queda pelo quarto mês consecutivo, acumulando uma perda de 11,3 pontos no período. A Sondagem do Consumidor coletou informações de 1.854 domicílios em sete capitais, com entrevistas feitas entre os dias 2 e 19 de julho.

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