Confiança do comerciante de BH tem alta, segundo Fecomércio MG

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) de Belo Horizonte chegou a 105,9 pontos em fevereiro, alta de 0,9 ponto percentual (p.p.) na comparação com o levantamento anterior (105 pontos). “O resultado aponta para uma confiança crescente dos empresários do comércio, consolidando um ambiente favorável para o desenvolvimento econômico”, destaca o economista-chefe da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio MG), Stefan D’Amato.
Foi o segundo resultado consecutivo da pesquisa. Em dezembro de 2023 ocorreu a última queda, chegando a 103,7 pontos. O ano de 2024 começou com elevação da confiança, com 105 pontos em janeiro.
O índice 100 demarca a fronteira entre a avaliação de insatisfação e de satisfação dos empresários do comércio: abaixo de 100 pontos diz respeito à situação de pessimismo, enquanto acima de 100 encontra-se a situação de otimismo.
O levantamento da confiança do empresário do comércio, divulgado nesta quarta-feira (28), foi conduzido pelo Núcleo de Pesquisa e Inteligência da Fecomércio MG, com base nos dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
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D’Amato conta que um dado que surpreendeu na pesquisa foi a dicotomia entre as expectativas futuras otimistas e o ambiente atual mais contido. Ele observa que, enquanto as expectativas dos empresários atingem 131,9 pontos, substancialmente acima do nível de satisfação de 100 pontos, o indicador de investimento apresenta queda pelo sexto mês consecutivo, atingindo 100,6 pontos.
“Essa dualidade destaca a complexidade do cenário econômico local, indicando uma mistura de otimismo para o futuro e cautela em relação aos investimentos presentes”, analisa.
Composição do índice da Fecomércio
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) é subdividido em outros três indicadores: Índice de Condições Atuais do Empresário do Comércio (Icaec), Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (Ieec) e Índice de Investimento do Empresário do Comércio (Iiec).
O Icaec avalia, por meio da percepção do empresário, a evolução das condições atuais da economia do País, do setor e das empresas, além do momento atual dos empresários. Em fevereiro, o índice atingiu o valor de 85,3 pontos, 2,1 pontos inferior ao observado no mês anterior (83,2). Empresas de maior porte (mais de 50 empregados) mostraram maior satisfação com as condições atuais da economia para o comércio.
O levantamento ainda mostrou que para a maioria dos empresários do comércio entrevistados, a condição atual da economia piorou (65,1%).
Empresas de menor porte apresentam maior confiança
O outro índice, o Ieec, avalia as expectativas dos empresários por meio do que eles esperam para a economia brasileira, para o comércio e para seus estabelecimentos. Neste caso, o índice chegou a 131,9 pontos, valor superior ao observado no mês anterior (129,0). Empresas de menor porte, com até 50 empregados, mostraram-se mais otimistas do que as de maior porte.
Neste mês, 65,8% dos empresários ouvidos pela entidade declararam melhora em relação ao cenário econômico, resultado 2,5 p.p. superior ao observado no mês anterior. Na comparação com o janeiro, as expectativas dos empresários para as suas empresas melhoraram. No segundo mês de 2024, 81,8% disseram acreditar que as vendas irão melhorar, apresentando um aumento de 1,4 p.p. da mesma resposta na comparação com o mês anterior.
Investimentos dos comerciantes
E o Iiec avalia, por meio do planejamento para o quadro de funcionários, planos de melhorias e a situação dos estoques das empresas, traçando uma estimativa para o nível de investimento desses negócios. O índice totalizou 100,6 pontos, valor inferior em 2,1 p. p. em relação ao observado no mês anterior (102,7).
Entre os empresários, 60,2% pretendem aumentar o quadro de funcionários. O nível de investimentos das empresas está maior para 48,2% das empresas, valor 2,7 p. p. menor que no mês anterior. Para 58,3% das empresas de maior porte, o nível de investimentos se encontra maior, apresentando uma queda de 10,9 p. p. quando comparado ao resultado do último mês.
A pesquisa também mostra que 62% das empresas estão num nível adequado. Para 22,4% há excesso de produtos e para 15,6% faltam itens.
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