Economia

Confiança do consumidor cai 3,44% em Belo Horizonte

Dentre os componentes do ICC-BH, a percepção sobre a situação econômica do País apresentou o maior recuo, queda de 8,82%
Confiança do consumidor cai 3,44% em Belo Horizonte
O segmento de Vestuários e Calçados é o mais citado por homens e mulheres na capital mineira | Crédito: Alessandro Carvalho / Arquivo / Diário do Comércio

O Índice de Confiança do Consumidor de Belo Horizonte (ICC-BH) caiu 3,44% em setembro frente ao mês anterior. O indicador registrou 41,85 pontos. De acordo com dados do Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead), resultados abaixo de 50 pontos apontam menor otimismo dos consumidores.

O resultado interrompe uma série de três altas consecutivas e leva o Índice de Confiança do Consumidor de volta ao mesmo patamar de fevereiro deste ano. No acumulado de 2023, o índice continua em queda de 4,41%. Já a variação do ìacumulada dos últimos 12 meses aumentou 8,06%.

O recuo observado em setembro pode ser explicado pela piora na percepção da população em quatro dos seis componentes do ICC-BH. As principais quedas ocorreram na Percepção sobre a situação econômica do País, que caiu 8,82%, na Situação financeira da família atual (-4,80%) e no Emprego, com queda de 4,74% em relação a agosto. O único componente do indicador a registrar melhora no período foi a Pretensão de compra, com alta de 3,37% na comparação com o mês anterior.

A pesquisa também apontou para uma trajetória de piora na percepção da população de Belo Horizonte em relação ao emprego e à situação econômica do País e, em menor nível, em relação à situação financeira familiar.

A percepção da população em relação à inflação (28,93), emprego (32,32) e situação econômica do País (32,02) permanecem abaixo dos 50 pontos. Já a percepção com a Situação financeira atual das famílias (58,99), quanto à situação financeira em relação ao passado (55,71) se mantiveram acima de 50 pontos, mas também apresentaram queda para ambos os componentes neste mês.

Queda no IEE e IEF

O Índice de Confiança do Consumidor de Belo Horizonte também registrou queda em seus dois grupos de componentes neste mês. O Índice de Expectativa Econômica do País (IEE) baixou 4,99% e o Índice de Expectativa Financeira da Família (IEF) recuou 2,35%.

A piora no IEE foi causada principalmente pela piora na percepção da população em relação à situação econômica do País. Já a queda no IEF tem como principal fator a retração na avaliação da Situação Financeira da Família Atual.

Considerando o acumulado do ano, a percepção capturada por esses dois grupos de componentes do índice de confiança apresenta diminuição de 10% no caso do IEE, e de queda de 0,22% para o IEF.

Bens e serviços

O estudo do Ipead também analisou grupos de bens e serviços que os consumidores planejam adquirir nos próximos três meses. Dentre eles, o destaque fica para Vestuários e Calçados, que lidera o ranking de intenção de compra, representando 17,62%. Em seguida vem Eletrodomésticos e Móveis, com 10,95% e 9,52%, respectivamente.

Na divisão por gênero, o segmento de Vestuário e Calçados é o mais citado tanto entre as mulheres (21,1%), quanto entre os homens (13,86%). No caso do público masculino, o grupo divide o topo da lista com os veículos, que também é o mais citado por 13,86% dos consumidores.

A pesquisa ainda revela que a proporção de mulheres com intenção de compra nos meses seguintes é mais baixa em comparação à dos homens, com percentuais de 77,06% e 80,19%, respectivamente.

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